Fantasmas e outras paisagens

João Nisa, numa excelente instalação, trabalha sobre o estatuto e a história da paisagem.

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Tudo aqui é uma história de assombrações, de projecções de luz na escuridão do espaço

Depois de ter sido apresentada na Galeria Solar, em Vila do Conde, Primeiras impressões de uma paisagem chega a Lisboa, onde ocupa o piso superior da ZDB com uma instalação exemplar. Trata-se de seis vídeos de duração distinta, dispostos em espaços individuais que só pontualmente interferem uns com os outros. Todos eles mostram planos-sequência, filmados com câmara fixa, e diz-nos João Nisa que todos os filmes foram feitos no interior do Aqueduto das Águas Livres. As imagens enquadram-se todas elas no conceito da paisagem: há uma linha do horizonte, vegetação, algumas construções efémeras, animais que pastam ou passam. De certa forma, são paisagens banais, que não mereceriam nunca a atenção do turista visitante ávido da recordação fotográfica — com ou sem selfie. Mas o próprio processo de obtenção destas imagens ultrapassa essa condição humilde, para se transformar em muito mais do que aquilo que os nossos olhos vêem.

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