PJ detém quatro pessoas suspeitas de burla por MBWay em Castelo Branco e Lisboa

Detidos são suspeitos da prática dos crimes de burla qualificada, burla informática, falsidade informática, acesso ilegítimo e branqueamento.

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Vítimas eram burladas através do serviço MBWay Miguel Manso

Quatro pessoas foram detidas pela Polícia Judiciária (PJ), em Castelo Branco, Loures e Lisboa, por suspeita da prática de crimes de burla qualificada, burla informática e nas comunicações, falsidade informática, acesso ilegítimo e branqueamento.

Em comunicado divulgado esta terça-feira, a Directoria do Centro da PJ referiu tratar-se de três homens e uma mulher, com idades entre os 20 e os 35 anos, que foram detidos em Monforte (Castelo Branco), Loures e Lisboa, no cumprimento de mandados de busca e detenção emitidos pelo Ministério Público de Castelo Branco.

Estas acções permitiram "a detenção fora de flagrante delito" das quatro pessoas "fortemente indiciados da prática dos crimes de burla qualificada, burla informática e nas comunicações, falsidade informática, acesso ilegítimo e branqueamento, através da prática das designadas burlas MBWay".

Segundo a PJ, os detidos terão desenvolvido, desde 2020, "um elaborado sistema de acesso às contas bancárias de inúmeras vítimas, que anunciavam a venda de bens em plataformas online de comércio de artigos usados, convencendo-as a aderirem ao serviço MBWay com vista a pretensamente receberem o pagamento do preço dos artigos".

"Ardilosamente, induziam as vítimas a disponibilizarem o acesso directo às contas bancárias associando um número de telemóvel na posse dos autores, a facultarem os dados dos cartões, a darem ordens a pedidos de envio de dinheiro ou enviando códigos de levantamento".

De acordo com a nota, com estes procedimentos, os detidos "lograram o acesso a largas centenas de contas bancárias", realizando movimentos "de retirada dos fundos de valor ainda não totalmente apurado".

A PJ revelou também que esta acção permitiu a apreensão de artigos e dados relacionados com a prática dos crimes, em particular a identificação de contas bancárias, centenas de chamadas de telemóveis para as vítimas, dezenas de cartões e telemóveis.

Os detidos vão ser presentes às autoridades judiciárias na comarca de Castelo Branco para primeiro interrogatório e aplicação das respectivas medidas de coação.

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