Preservativos serão grátis nas farmácias para jovens dos 18 aos 25 anos, em França

Emmanuel Macron anunciou que todos os jovens entre os 18 e os 25 anos vão ter acesso a preservativos gratuitos nas farmácias. Em Portugal, estão disponíveis nos centros de saúde.

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Preservativos gratuitos para jovens franceses entre 18 e 25 anos. cottonbro studio

Emmanuel Macron anunciou que os preservativos vão ser disponibilizados de forma gratuita a jovens entre os 18 e os 25 anos nas farmácias, a partir de 1 de Janeiro.

Num debate sobre saúde em Fontaine-le-Comte, um subúrbio de Poitiers, no oeste de França, o presidente francês afirmou que esta medida pretende reduzir a gravidez indesejada e a transmissão de doenças sexuais entre os jovens, cita a Agence France-Presse (AFP).

No início deste ano, as mulheres passaram a ter acesso livre e gratuito a métodos contraceptivos, como a pílula, expandindo uma medida que apenas incluía menores de 18 anos. O alargamento da idade permitiu garantir que nenhuma jovem deixa de ter um método contraceptivo por não o poder adquirir. Além disso, também têm acesso a consultas médicas sobre as alternativas mais convenientes. Em França, o aborto é livre para todas as mulheres e adolescentes.

Apesar da nova medida, já existia uma que permitia que os preservativos fossem reembolsados pelo sistema nacional de saúde se prescritos por um médico.

Quando se referiu a educação sexual, Macron admitiu não serem “muito bons nesse assunto". "A realidade é muito diferente da teoria”, disse, citado pela AFP, reforçando que é preciso, primeiro, educar melhor os professores.

Em Portugal, os jovens têm acesso tanto à pílula como ao preservativo no centro de saúde. No entanto, um estudo publicado em Abril do presente ano mostra que 55% dos jovens que estavam numa relação de namoro que incluía relações sexuais não usava preservativo.

O estudo realizado pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa juntamente com a Associação de planeamento Familiar e o Centro Lusíada de Investigação em Serviço Social, reforçou uma diminuição do uso do preservativo de quase 10% em comparação com 2008. Além do preservativo, refere que 59% das 2319 respostas dizem usar a pílula e 24% interrompe o coito para evitar a gravidez. No entanto, a preocupação com as doenças sexualmente transmissíveis mantém-se.

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