Mundial 2022: Qatar investiga morte de filipino em acidente de trabalho

Queda de uma empilhadora aconteceu no centro de treinos da Arábia Saudita. Autoridades vão averiguar se os protocolos de segurança foram respeitados.

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Debate em torno da segurança dos trabalhadores migrantes prossegue no Qatar KAI PFAFFENBACH

O Qatar está a investigar a morte de um trabalhador de nacionalidade filipina, de 40 anos, no centro de estágios da Arábia Saudita durante o Mundial 2022 de futebol, anunciaram as autoridades do país anfitrião da prova.

"Se a investigação concluir que os protocolos de segurança não foram respeitados, a empresa fica sujeita a processos judiciais e pesadas sanções financeiras", afirmou o Governo do Qatar, em comunicado.

A notícia sobre esta morte foi avançada pelo site The Athletic, adiantando que o trabalhador caiu de uma empilhadora enquanto consertava um poste de iluminação no parque de estacionamento do centro de treinos da Arábia Saudita. Segundo várias fontes ouvidas pelo The Athletic, a vítima não usava o obrigatório cinto de segurança.

"A embaixada filipina em Doha ainda está a investigar este caso", disse à agência de notícias francesa AFP o Ministério dos Negócios Estrangeiros das Filipinas, sem avançar mais detalhes.

Por seu turno, a FIFA sublinhou estar "profundamente triste com esta tragédia", garantindo que mantém contactos permanentes com as autoridades locais.

Em Doha, o comité organizador do Mundial2022 vincou, em nota de imprensa, que não contratou o trabalhador em questão e que o acidente ocorreu "em propriedade fora da sua jurisdição". No entanto, disse estar a acompanhar o caso "com as autoridades competentes" e em "contacto com a família" da vítima.

O Qatar tem um mecanismo de compensação para acidentes de trabalho e salários não pagos, que pagou mais de 350 milhões de dólares até agora, segundo as autoridades.

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