Sissi no colete de forças

Sob os traços de Vicky Krieps, a austríaca Marie Kreutzer desenha um espantoso retrato fragmentado de mulher prisioneira do seu tempo.

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Vicky Krieps parece estar a especializar-se em personas magnéticas e inalcançáveis

“Proíbo-te de te afogares no meu lago,” diz Ludwig da Baviera à prima Elisabeth, imperatriz da Áustria, ao pequeno-almoço. “De qualquer modo, prefiro o mar”, responde-lhe ela. Esta não é, definitivamente, a Sissi que catapultou para o sucesso Romy Schneider como heroína de romances de conto-de-fadas e caixa-de-bombons-Mozart; nem a Sissi à qual ela voltou, perversamente, já adulta para o Luís da Baviera de Luchino Visconti. Nunca se ouve sequer a alcunha ao longo de Corsage, quinta longa da austríaca Marie Kreutzer, porque esta Elisabeth acaba de entrar nos 40 anos e anda com um “capacete” de depressão o tempo todo, farta de ser apenas uma “fachada” de conveniência para um imperador que não consegue pensar fora da caixa.

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