França elimina Polónia e segue firme para os “quartos”

Campeões do mundo dominaram encontro dos oitavos-de-final do Qatar 2022 com Mbappé em destaque.

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Giroud (França) e Glick (Polónia) em duelo nos "oitavos" Reuters/DYLAN MARTINEZ

A França confirmou, este domingo, em Doha, com um triunfo por 3-1, o favoritismo frente à Polónia, com os campeões do mundo a garantirem a presença nos quartos-de-final do Qatar 2022, graças aos golos de Giroud (44') e Mbappé (76’ e 90+1'), que ultrapassa Cristiano Ronaldo e iguala Messi na lista de goleadores dos Mundiais.

De novo na máxima força, depois das poupanças que redundaram na derrota frente à Tunísia, a França aceitou o convite polaco e instalou-se de imediato no meio-campo adversário. E fê-lo de uma forma convincente, sem deixar margem para dúvidas quanto ao domínio exercido.

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Para derrubar a cortina de ferro, Deschamps confiava, em última instância, na velocidade supersónica de Mbappé e na visão aquilina de Griezmann, elementos fundamentais na missão de esventrar uma Polónia hermética, quase inexpugnável no seu bloco de quatro defesas e cinco médios.

Na prática, sobrava Robert Lewandowski para qualquer eventualidade. E, depois de uma aparição de Varane na área polaca e, sobretudo, de uma meia-distância de Tchouaméni a que Szczesny respondeu com segurança, o goleador do Barcelona mostrou que estava na hora de tocar a reunir. O remate do polaco saiu ao lado da baliza de Lloris, mas o guião estava prestes a revelar um novo capítulo.

A Polónia resistira ao primeiro assalto, mesmo tendo enfrentado um erro crasso de Frankowski, a desencadear uma combinação de ataque entre Griezmann e Dembélé que ainda chegou ao pé esquerdo de Giroud, que falhou o golo sem oposição.

Os polacos iam a jogo e por pouco o remate de Matty Cash não acabou mesmo em dinheiro em caixa. A França continuava perigosa, mas definitivamente mais ofegante. Na verdade, a equipa de Deschamps passava a poder explorar o tipo de jogo que mais lhe convinha, aproveitando o entusiasmo do adversário para construir as pontes para a baliza de Szczesny... que teve os reflexos testados por Mbappé.

Zielinski animava o diálogo com o lance mais arrepiante da tarde para Hugo Lloris, a beneficiar da solidariedade de Hernández e Varane para evitar o golo que a Polónia já justificava. Lloris dava, assim, um ar da sua graça no dia em que “apanhou” Liliam Thuram no topo da lista dos franceses com mais internacionalizações (142), igualando ainda Barthez e Thierry Henry com 17 jogos em Mundiais.

O inusitado aconteceria pouco depois, com o lateral direito Koundé a ter que entregar as jóias que passaram todos os detectores do Al Thumama, facto que Giroud compensou com um golo de ouro mesmo em cima do intervalo. Accionado por Mbappé, o avançado do AC Milan assinava o 52.º golo pela selecção (o sétimo em Mundiais) superando Thierry Henry como melhor marcador dos campeões do mundo.

Embalados pela vantagem, os franceses entraram a fundo na segunda parte, com Griezmann, Mbappé e Szczesny em destaque. A Polónia era obrigada a aceitar um risco maior, reforçando o ataque com Milik antes de tentar conferir uma maior criatividade à equipa.

Tudo certo no plano teórico não fosse a intromissão de Mbappé a rasgar os papéis Czeslaw Michniewicz com um golo fatal para as aspirações polacas. O avançado do PSG sentenciava a eliminatória a menos de 15 minutos dos 90, assinando, aos 23 anos, o oitavo golo em Mundiais, o que o coloca a par de Cristiano Ronaldo.

O lance resultou de um alívio de Griezmann, na área francesa, com Dembélé a explorar o espaço disponível no meio campo adversário para assistir Mbappé para o golo que apurou a França para os quartos-de-final, notícia confirmada pelo próprio Kylian ao bisar (com um grande remate de ângulo apertado) e igualar os nove golos de Messi em fases finais de Campeonatos do Mundo.

Já no tempo de compensação, a Polónia beneficiou de uma grande penalidade, que Robert Lewandowski converteu... à segunda tentativa. O avançado do Barcelona permitiu inicialmente a defesa de Lloris, mas havia vários jogadores dentro da área na altura do remate. No remake, o ponta-de-lança não falhou e reduziu a dimensão do desaire polaco.

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