A surdez selectiva

O dom que mais invejo no gato que nos tem, o Baltazar, é ser insensível ao queixume. Tenho um amigo humano que também é exímio nessa proeza: as coisas entram-lhe por um ouvido e saem pelo outro.

Os cães e os gatos não nascem envergonhados. Nós também não. Mas somos nós que os ensinamos a envergonhar-se. Isto não se consegue só com uma repressão de trazer por casa: é preciso porfiar.

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