O corpo da jovem militar desaparecida foi encontrado na tarde desta sexta-feira, perto das 16h, e retirado do mar. Em comunicado, o Exército transmitiu condolências à família da vítima, adiantando que esta era militar desde Janeiro de 2019 e se encontrava a frequentar o Curso de condutor militar de categoria B, na Escola de Serviços, na Póvoa de Varzim.

O corpo foi localizado na água cerca de meia hora antes do resgate, que foi posteriormente efectuado por um mergulhador que saiu do helicóptero.

A Marinha reforçou durante a tarde os meios envolvidos nas buscas da jovem militar que desapareceu na madrugada desta sexta-feira, na Praia da Lagoa, Póvoa de Varzim, distrito do Porto, informou o comandante local da Polícia Marítima.

Num ponto de situação feito pelas 13h15, Ferreira Teles explicou que “um grupo de quatro fuzileiros, munidos com drones”, ia chegar de Lisboa ao início da tarde e que da região Centro viria um navio de busca e salvamento da Marinha”.

A esses meios ainda se juntaram “elementos da Direcção-Geral da Autoridade Marítima, também equipados com drones, e efectivos da Protecção Civil da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim”.

O contingente da Polícia Marítima no local também foi, entretanto, reforçado, continuando a fazer buscas a pé na praia, tal como equipas dos bombeiros da Póvoa de Varzim, também equipados por um drone, e um popular, com o mesmo equipamento, que se voluntariou para apoiar.

No mar continuou a embarcação da estação salva-vidas da Póvoa de Varzim, enquanto o helicóptero da Força Área, que na parte da manhã patrulhou o local por duas vezes, regressou duas horas antes do pôr do sol.

Sobre o incidente, que envolveu oito jovens militares que foram arrastados pelo mar durante a madrugada, Ferreira Teles considerou que “a tragédia podia ter sido maior, mas sobretudo evitada”.

“A Autoridade Marítima Nacional efectuou diversos avisos devido à agitação marítima e apelou aos cidadãos [para] que tenham uma cultura de segurança, para evitar o risco. Estamos no inverno, o mar tem muita energia e qualquer passeio na praia, junto ao mar, pode ser fatal”, alertou o responsável da Capitania da Póvoa de Varzim.

Ferreira Teles informou ainda que “será feito um inquérito e caberá ao Ministério Público mandar o órgão de policial criminal fazer as investigações”.

O alerta para o incidente envolvendo oito militares que frequentavam um curso de formação da Escola Prática de Serviços da Póvoa de Varzim foi dado às 4h48.

Segundo o Exército, os oito militares “saíram de um estabelecimento de diversão nocturna, onde se deslocaram para convívio social, e decidiram ir até junto da linha de água da praia da Lagoa, na Póvoa de Varzim”, tendo sido arrastados por uma onda.

Sete das vítimas conseguiram regressar a terra, mas uma jovem, de 20 anos, continua desaparecida.

Os sete militares foram encaminhados para o Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim, onde, segundo fonte da unidade, deram entrada “com lesões musculares, hipotermia, num quadro traumático violento em termos emocionais, mas nenhum em risco de vida”.

Até ao início da tarde, três das vítimas tinham sido transferidas para o Hospital Militar do Porto para “continuarem a ser vigiadas”, três tinham recebido alta e uma permanecia em observação no Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim.

O Exército está a prestar apoio psicológico aos militares arrastados esta sexta-feira por uma onda na Póvoa de Varzim, que causou o desaparecimento de uma jovem deste grupo, e já instaurou um processo de averiguações sobre o incidente.

Numa nota enviada à imprensa o Exército “lamenta o sucedido, encontrando-se a prestar apoio psicológico aos militares envolvidos no incidente e aos familiares da militar desaparecida”.

“Foi imediatamente instaurado um processo de averiguações sobre o incidente”, adiantam.

Notícia actualizada às 16h38 do dia 25 de Novembro de 2022 com a confirmação de que o corpo foi encontrado.