FC Porto empata e não se livra do fantasma da Taça da Liga

Portistas tremeram, mas reagiram na segunda parte, negando a felicidade ao Mafra, que acabou por levar um ponto do Dragão.

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LUSA/JOSÉ COELHO

Pouco mais de duas semanas depois de os “dragões” terem ido a Mafra garantir, tranquilamente, a passagem aos oitavos-de-final da Taça de Portugal com um triunfo por 0-3, a equipa da II Liga surgiu no Dragão disposta a vingar a eliminação na competição em que o FC Porto parece fadado a fracassar, acabando por empatar a dois golos.

No grupo A da Taça da Liga, em que Vizela e Desp. Chaves empataram (2-2), repetiu-se o desfecho do primeiro jogo do grupo, que deixa tudo empatado, quando se esperava que o FC Porto fosse capaz de superar as habituais dificuldades na competição que nunca venceu.

Depois de um início em que o Mafra procurou perceber a dinâmica de um adversário diferente do que enfrentou na Taça de Portugal, tanto pela ausência de alguns internacionais (Otávio, Grujic e Eustáquio) como do lesionado Evanilson, os visitantes mostraram que podiam surpreender.

Apesar de limitado nas opções, Sérgio Conceição dispunha de alternativas suficientemente válidas para controlar o Mafra e impor o jogo que lhe convinha, num processo que parecia natural depois dos primeiros movimentos.

Só que a inclusão de Pepê e Galeno na linha ofensiva, onde a referência era Toni Martínez, para além do envolvimento tanto de Rodrigo Conceição como de Wendell, acabou por convidar o Mafra a explorar a velocidade dos seus extremos.

Sem pré-aviso, Lucas Silva bateu Wendell e Fábio Cardoso e ofereceu a Ença Fati o primeiro golo da noite.

A eficácia da equipa de Ricardo Sousa deixava os “azuis e brancos” em sentido, ainda que com margem para recuperar do que poderia ser um mero percalço. Tanto que Wendell logo ripostou, batendo Samu em recarga anulada por posição irregular do defesa brasileiro.

O FC Porto não encontrava soluções e na sequência de um canto, Bruno Costa cometeu penálti que o VAR detectou, tocando, ainda que inadvertidamente, a bola com a mão. O Mafra marcou na segunda oportunidade e deixou os portistas numa posição delicada, com o “fantasma” da Taça da Liga a ganhar expressão.

Ainda antes do intervalo, o FC Porto reclamou um penálti também por mão em lance em que o VAR não descortinou falta.

Com 45 minutos para inverter o rumo do jogo, Sérgio Conceição apostou em João Mário e Danny Namaso para a segunda parte e o FC Porto mudou radicalmente. Pepê reduziu na sequência de uma penetração de Namaso que baralhou a defesa visitante e o Mafra acusou a pressão. Ainda assim, Fati e Lucas Silva mantinham o suspense no Dragão.

Toni Martínez reforçou a autoridade do FC Porto num cabeceamento fulminante que Samu resolveu, levando as bancadas ao rubro com um potente e imparável remate que igualou o encontro.

O FC Porto intensificava o ataque à baliza de Samu e o jogo entrava numa espiral de emoções difícil de controlar, com o Mafra a agarrar-se a todas as possibilidades de sobreviver ao último assalto do Dragão.

O árbitro não teve a tarefa facilitada e depois de mais um lance na área do Mafra em que o FC Porto reclamou castigo máximo, a tensão atingiu níveis difíceis de controlar e que acabaram com a expulsão de Mattheus Oliveira em cima do minuto 90 (já antes, o treinador Ricardo Sousa viu o cartão vermelho).

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