Prémio Mário Ruivo – Gerações Oceânicas

É lançada esta semana a nova edição do Prémio Mário Ruivo – Gerações Oceânicas, como manifesto da profunda admiração e respeito pelo legado deixado por Mário Ruivo.

“O bicho homem no meio marinho sem conhecimento científico e tecnologia é cego, surdo e mudo”, dizia muitas vezes o professor Mário Ruivo, exaltando a importância da ciência e da aposta nas tecnologias marinhas para o conhecimento e compreensão das dinâmicas oceânicas.

Mário Ruivo abraçou o oceano como causa! Além de um grande cientista e político português, foi pioneiro na defesa do oceano e na promoção da cooperação em assuntos do mar, sensibilizando governos, comunidade científica e sociedade civil para a governação global e responsável do oceano.

Foi o verdadeiro e primeiro embaixador português nas questões oceânicas, que deu a Portugal lugar de destaque na governação internacional do oceano. Por sua influência, em 1994, Portugal recebeu a primeira grande conferência internacional dedicada ao mar e, volvidos quase 30 anos, o seu legado continua a afirmar Portugal como nação com vocação oceânica. A organização da Segunda Conferência das Nações Unidas dos Oceanos, que ocorreu este ano, em Lisboa, é a prova da importância do trabalho e da dedicação de Mário Ruivo ao oceano.

O percurso de Mário Ruivo foi também exemplar e pleno de ensinamentos. Biólogo, oceanógrafo, ativista da cultura científica e otimista por natureza, ensinou-nos que a governança do oceano implica gerir e usar os seus recursos sustentavelmente como forma de salvaguardar a saúde do oceano e o bem-estar das comunidades. Como ele dizia, “interesso-me pelo oceano porque me interesso pelas pessoas”.

Como justa homenagem, foi atribuído o seu nome ao navio de investigação do Instituto Português do Mar e da Atmosfera. Mário Ruivo procurava “utopias úteis” e, como ele dizia, se não é possível navegar no momento, é preciso pelo menos manter a jangada a flutuar!

É assim lançada esta semana a nova edição do Prémio Mário Ruivo – Gerações Oceânicas, como manifesto da profunda admiração e respeito pelo legado deixado por Mário Ruivo, na certeza de que irá continuar a inspirar gerações futuras pelo seu compromisso vitalício com a ciência oceânica e a sustentabilidade.

O autor escreve segundo o novo acordo ortográfico

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