Sunak foi a Kiev prometer armas e ajuda humanitária para o “Inverno duro e difícil que aí vem”

Primeiro-ministro britânico fez visita surpresa a Zelensky e anunciou pacote de 50 milhões de libras em defesa antiaérea e outro equipamento militar.

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Zelensky e Sunak visitaram memorial de homenagem às vítimas da guerra Reuters/UKRAINIAN PRESIDENTIAL PRESS SER
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Presidente ucraniano recebeu primeiro-ministro britânico na capital Reuters/UKRAINIAN PRESIDENTIAL PRESS SER
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Os dois líderes em Kiev Reuters/UKRAINIAN PRESIDENTIAL PRESS SER

O novo primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, já tinha prometido que o Governo britânico iria seguir as pisadas dos seus antecessores, Boris Johnson e Liz Truss, e manter o apoio à Ucrânia como uma das suas prioridades políticas.

Este sábado, demonstrando isso mesmo, visitou Kiev de surpresa e “com humildade”, reuniu-se com o Presidente ucraniano e anunciou um novo pacote de ajuda militar e humanitária ao país invadido pela Federação Russa.

No valor de 50 milhões de libras (cerca de 57,5 milhões de euros), o pacote é composto, sobretudo, por material de defesa antiaérea e anti-drones “fornecidos pelo Irão”, porque, sublinhou Sunak, “embora as Forças Armadas da Ucrânia estejam a ser bem-sucedidas a fazer com que as forças russas recuem no terreno, os civis continuam a ser brutalmente bombardeados pelo ar”.

“Vamos fornecer mais defesa aérea – incluindo armas antiaeronaves, equipamento de radar e anti-drones – e aumentar o apoio humanitário para o Inverno duro e difícil que aí vem”, elencou o primeiro-ministro, num comunicado publicado no site do Governo.

Sunak também revelou que os britânicos vão aumentar a oferta de formação para as Forças Armadas ucranianas e vão mobilizar paramédicos militares e engenheiros para um apoio mais especializado.

No início do mês, o ministro da Defesa, Ben Wallace, já tinha anunciado o fornecimento de mais de mil mísseis antiaéreos à Ucrânia.

“Sinto-me orgulhoso pela forma como o Reino Unido apoiou a Ucrânia desde o primeiro momento”, acrescentou o líder conservador. “E vim aqui [a Kiev] dizer que o Reino Unido e os seus aliados vão continuar a apoiar a Ucrânia, enquanto luta para acabar com esta guerra bárbara e para conseguir uma paz justa.”

O primeiro-ministro britânico partilhou um vídeo no Twitter com os bastidores da visita ao palácio presidencial e da reunião com Volodymyr Zelensky e com o seu staff.

“Com amigos como vocês ao nosso lado, estou confiante na nossa vitória”, respondeu-lhe o chefe de Estado ucraniano, também no Twitter.

Numa mensagem partilhada no Telegram, Zelensky informou ainda que os dois líderes “discutiram as questões mais importantes” para os respectivos países e para a “segurança global”. E deixou uma garantia: “Estamos mais fortes e vamos alcançar os resultados desejados.”

Segundo Downing Street, para além da reunião com o chefe de Estado ucraniano, Sunak visitou um memorial dedicado aos que perderam a vida na guerra, acendeu uma vela junto a outro local de culto dedicado às vítimas da Grande Fome (Holodomor), de 1932-1933 e encontrou-se com bombeiros e pessoal militar.

A visita de Rishi Sunak a Kiev acontece numa altura em que a capital ucraniana e várias outras cidades do país sofrem com cortes de energia, em grande medida causados pelos recentes ataques russos às principais infra-estruturas de abastecimento energético da Ucrânia.

A chegada da neve e a queda das temperaturas em todo o território antecipam uma nova fase do conflito que, na sequência da retirada russa de Kherson, está cada vez mais focado na região Sudeste da Ucrânia.

Nos últimos dias, porém, o Exército russo tem lançado ataques, sobretudo com mísseis, nas regiões Ocidental e Norte do país.

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