Qatar
As bolas do Mundial
Mais claras ou mais escuras, mais leves ou mais pesadas, com costura à vista ou quase um esférico perfeito. Tal como o jogo, também as bolas têm evoluído muito ao longo das décadas. Desde a de couro castanho usada no Mundial de 1930, no Uruguai, até à Al Rihla, bem mais colorida do que a sua antecessora, sem costuras externas de forma a reduzir a resistência ao ar quente do Qatar em que a fase final deste Mundial se irá disputar. Fique a conhecê-las melhor aqui.
Telstar
1970
México
A primeira bola preta e branca da história dos Mundiais. Patrocinada pela Adidas (tal como todas as bolas feitas posteriormente para os Campeonatos do Mundo), esta bola foi inspirada na estrutura das cúpulas geodésicas de Buckminster Fuller (designer e arquitecto norte-americano), de forma a obter a maior esfericidade possível.
Para estes efeitos, a bola contou com 32 gomos cozidos à mão, mais oito que a Challenge 4-star. Os pentágonos (que foram 12) foram pintados com a cor preta e os hexágonos (contam-se 20) a branco, facilitando a visualização da bola através da televisão. Foi o primeiro Mundial a ser transmitido em directo, ainda a preto e branco. O nome Telstar tem um significado: “Estrela da Televisão”. Este nome foi dado por ter sido vista, precisamente, na televisão. A Adidas distribuiu apenas 20 unidades da Telstar para este Mundial.
Telstar Durlast
1974
Alemanha
Quatro anos após o Mundial no México, a Telstar Durlast não contou com grandes inovações. Com 32 gomos, os pentágonos estavam, novamente, pintados a preto e os hexágonos a branco. Ainda assim, não existem registos sobre o peso da mesma. O seu design, feito para ser mais resistente e visível em condições meteorológicas mais adversas, tornou-se um clássico. Foram feitas outras versões da bola, como a sua gémea “Chile”, recordando o esférico utilizado em 1962, e a bola com uma cor mais alaranjada, para dar maior visibilidade quando os jogos eram disputados na neve. Havia ainda outra inovação: a bola podia ter inscrito logótipos e nomes de jogadores.
Tango Telstar
1978
Argentina
De seu nome Tango, inspirada nas danças latinas da Argentina, anfitriã do Campeonato do Mundo de 1978, esta bola é inovadora no que diz respeito à sua estética: tríades pretas que criavam a ilusão de ter 12 círculos desenhados na bola. Este design foi utilizado durante os cinco Mundiais seguintes. O seu fabricante, tal como nas outras duas edições, foi a Adidas.
Tango Espana
1982
Tango España
Também para homenagear o país anfitrião deste Mundial (Espanha), a Tango España era patrocinada pela marca internacional Adidas. Foi a última bola a ser produzida em couro e apresentava a característica de ser impermeável (com a utilização de material sintético), não deixando que a água, em dias de chuva, fosse absorvida. Desta forma, os jogadores não teriam que se preocupar com o peso da bola. Este, continua sem registo.
Azteca
1986
México
A primeira bola a ter um desenho referente à cultura do país anfitrião do Mundial, neste caso, México. A Azteca apresenta, tal como o nome indica, um desenho arquitectónico Azteca, em torno da bola, tornando-se numa inovação para a história das bolas dos Mundiais. Era totalmente impermeável e feita de material sintético, melhorando bastante a durabilidade da bola.
Etrusco Único
1990
Itália
O nome para a bola teve inspiração na história antiga da Itália, país anfitrião do Mundial de 1990, com tríades pretas e três leões desenhados, remetendo para a cultura dos etruscos e para a bola Tango, de 1978. Foi a primeira bola a ser feita com uma espuma de poliuretano, tornando-se totalmente impermeável e evitando que o peso e a forma da bola se alterassem. Foi fabricada com várias camadas de fibra, para que fosse estável e resistente, tendo representado um grande avanço na tecnologia. Prova disso é o facto de ter sido utilizada também durante o Euro 1992, na Suécia.
Questra
1994
EUA
“A busca por estrelas”. Vem daí o nome dado à bola que marcou o Campeonato do Mundo de 1994, nos Estados Unidos da América, que conta com estrelas desenhadas nas tríades. Também ela totalmente sintética e feita a partir de materiais totalmente inovadores, como a camada de polietileno que recebeu para se tornar mais rápida durante os jogos, principalmente nos pontapés (facilitando a vida dos avançados, nem tanto a dos guarda-redes), e também mais leve. Foram feitas três versões desta bola: a Questra Europa, utilizada para o Campeonato Europeu de Futebol de 1996, a Questra Olympia, para os Jogos Olímpicos de Verão de 1996 e a Questra Apollo, usada para o campeonato espanhol de futebol (1996-97).