À terceira, Andrey Rublev chega às meias-finais

O russo derrotou Stefanos Tsitsipas e é o derradeiro semifinalista das ATP Finals.

Foto
Rublev exulta com a vitória Reuters/GUGLIELMO MANGIAPANE

Há poucos dias, Andrey Rublev surpreendeu o gerente do restaurante onde os jogadores presentes nas ATP Finals e demais acompanhantes podem ver satisfeitos os seus desejos gastronómicos mais exigentes, ao comer uns camarões grelhados, acompanhados de um capuccino. Mas já não surpreende os adeptos do ténis com a sua qualidade tenística, alicerçada numa agressividade sem paralelo no circuito masculino. E, na terceira presença consecutiva no Masters, logrou a estreia nas meias-finais, onde vai defrontar o número quatro do mundo, Casper Ruud.

Conhecido também pelas “explosões” quando as coisas não correm bem, Rublev pode estar orgulhoso por ter reagido bem após perder o set inicial no embate com Stefanos Tsitsipas (3.º no ranking), que venceu, por 4-6, 6-3 e 6-2.

“Não desisti, mantive-me a lutar, depois de deixar escapar as minhas emoções quando perdi estupidamente aquele jogo no primeiro set”, afirmou o número sete mundial, autor de 10 ases, que registou 70% de eficácia com o primeiro serviço e anulou dois dos três break-points que enfrentou.

Rublev vai optimista para as meias-finais, já que vai defrontar o norueguês Ruud, a quem já ganhou quatro dos cinco duelos já travados.

Durante a tarde, Novak Djokovic (8.º) manteve a invencibilidade no Grupo Vermelho, ao somar a terceira vitória, desta vez diante de Daniil Medvedev (5.º), por 6-3, 6-7 (5/7) e 7-6 (7/2). Foram mais de três horas de um ténis de enorme intensidade e em que o sérvio confirmou que mantém uma mentalidade de campeão, apesar de ter dado sinais de estar no limite das suas forças.

“Não penso que haja um limite, na verdade está na cabeça. Tem tudo a ver com perspectiva, abordagem e a percepção de como se vê as coisas num determinado momento. Claro que quando há problemas físicos, isso afecta o nosso ténis e em como nos sentimos mentalmente. Claro que se o adversário nos vê em baixo, vai tentar dominar os pontos do fundo do court e ganhar o ascendente, que foi um pouco o que aconteceu hoje. Mas a grande batalha é interna”, explicou Djokovic.

O ex-líder do ranking admitiu não estar tão fresco fisicamente como na véspera, mas não está preocupado com a meia-final deste sábado, com Taylor Fritz (9.º). “A preocupação retira a energia vital de que necessito. Se alguma coisa acontecer amanhã, vou ter de lidar com isso. Vou fazer todo o possível para ter uma boa recuperação, sei o que preciso de fazer”, adiantou. Djokovic é o único que ainda mantém a esperança de sair de Turim invicto, com cinco vitórias noutros tantos encontros, e com o “jackpot” de 4,5 milhões de euros.

Já Medvedev, que serviu para fechar o encontro, a 5-4 do terceiro set, não podia estar mais decepcionado, após somar a terceira derrota nas ATP Finals, sempre no tie-break do set decisivo. “Foi uma boa luta, mas não tiro nada de positivo. Foi um desastre, foi péssimo. Vou tentar fazer melhor na próxima vez, não tenho outra hipótese”, disse o campeão de 2020, em Londres, e finalista no ano passado, no torneio inaugural em Turim, ganho por Alexander Zverev.

Sugerir correcção
Comentar