Costa teria retirado idoneidade a Salgado, mas juristas do BdP não deixaram

Ex-governador do BdP diz que teria retirado a idoneidade a Salgado, o que nunca aconteceu mesmo depois de o BES ser alvo de resolução. Alega que foi o parecer dos juristas do regulador que o impediu.

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Carlos Costa é o protagonista do livro "O Governador", onde conta a história dos dez anos de mandato como governador do Banco de Portugal. LUSA/MIGUEL A. LOPES

“Se pudesse, tinha-lhe retirado a idoneidade imediatamente”. É assim, numa só frase, que Carlos Costa resume a relação que manteve com Ricardo Salgado enquanto governador do Banco de Portugal (BdP), que garante ter sido atribulada desde o primeiro momento, por ter feito frente a “um homem que fazia sempre questão de mostrar a todos os seus interlocutores que sabia manejar como poucos as cordas do poder”. No fim, foi apenas a jurisprudência que, na versão de Costa, o impediu de agir mais cedo no afastamento de Salgado do Banco Espírito Santo (BES), embora as suspeitas de que algo se passaria na gestão do BES já existissem há anos – antes até da sua chegada ao BdP.

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