“Se pudesse, tinha-lhe retirado a idoneidade imediatamente”. É assim, numa só frase, que Carlos Costa resume a relação que manteve com Ricardo Salgado enquanto governador do Banco de Portugal (BdP), que garante ter sido atribulada desde o primeiro momento, por ter feito frente a “um homem que fazia sempre questão de mostrar a todos os seus interlocutores que sabia manejar como poucos as cordas do poder”. No fim, foi apenas a jurisprudência que, na versão de Costa, o impediu de agir mais cedo no afastamento de Salgado do Banco Espírito Santo (BES), embora as suspeitas de que algo se passaria na gestão do BES já existissem há anos – antes até da sua chegada ao BdP.
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