A bordo do SmartBus, por um uso mais seguro da tecnologia

O Huawei SmartBus estacionou junto da Escola Básica D. Pedro II, na Moita, para levar até aos alunos uma mensagem muito importante: é preciso estar alerta quando se navega na Internet.

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D.R.
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A sessão dentro do Huawei SmartBus estava quase a terminar quando Rafaela Diniz lançou uma das poucas perguntas que ficaram sem resposta em 50 minutos de formação: “Quem é que daqui passa uma hora por dia online?” Ninguém respondeu à monitora. Tanto os alunos do 9.º ano como os adultos que os acompanhavam dentro do autocarro interactivo da Huawei estacionado junto da Escola Básica D. Pedro II, na Moita, sabiam que era muito pouco tempo. E só quando a formadora aumentou as hipóteses, subindo para duas, três, quatro horas diárias, é que os alunos começaram a reagir.

Na realidade, a resposta destes estudantes está em linha com as estatísticas nacionais. Segundo o relatório EU Kids Online 2020, as crianças e jovens portugueses passam, em média, cerca de três horas por dia na Internet. E é precisamente por causa do tempo que passam online que estes alunos foram convidados a entrar no SmartBus: esta campanha educativa itinerante da Huawei que percorre pela terceira vez Portugal de Norte a Sul do país existe precisamente para os alertar quanto aos perigos que correm quando navegam na Internet.

Através da interacção com tablets onde estão instaladas quatro aplicações especificamente desenvolvidas pela Huawei, o projecto SmartBus confronta as crianças e jovens entre os 10 e os 14 anos com situações da vida real e incita-os a reflectir sobre o que fazer. E para o presidente da Câmara Municipal da Moita que visitou o SmartBus neste ensolarado dia de Novembro, esta abordagem muito prática marca a diferença.

“O mundo digital é o faroeste dos nossos dias. É onde estamos a tentar impor um conjunto de regras para dar segurança às pessoas. Mas mais do que promover por meio legislativo, é importante que os jovens conheçam, em primeira mão, os perigos a que estão expostos para se protegerem”, sublinha Carlos Albino, acrescentando que foi pela premência deste tema que a Câmara Municipal da Moita apoiou a iniciativa da Huawei desde o primeiro momento. “É um trabalho meritório e muito importante para a nossa comunidade.” Uma opinião partilhada por António Carlos Pereira, vereador da Câmara Municipal da Moita com o pelouro da Educação, para quem é importante que os jovens destas faixas etárias “possam estar conhecedores dos perigos tão actuais quando se fala de segurança online, como o cyberbullying, a protecção da privacidade e dos dados”.

Mais vale prevenir do que remediar

Conversas com estranhos, partilha de fotografias sem autorização, identificação de notícias falsas ou noções de privacidade online foram alguns dos temas abordados nesta formação que pretende dar ferramentas aos jovens para saberem como reagir em situações de dúvida. Por exemplo, o que fazer quando alguém nos interpela numa rede social com uma pergunta como esta: “O que faz uma rapariga de Bragança na minha cidade?”.

Às sugestões dos alunos — bloquear, denunciar, perceber as intenções — Pedro Ferreira, monitor que faz equipa com Rafaela Diniz, responde com uma das normas de ouro na navegação online e interacção com estranhos: ignorar. “A primeira coisa a fazer é ignorar”, explica o monitor, alertando os alunos para o facto de que ao permitirem a interacção estarão, provavelmente, a facultar a um estranho informações tão pessoais como a sua localização.

O incentivo à discussão é, aliás, um dos pontos-chave destas formações feitas para deixar os jovens a pensar. Por exemplo, numa das questões, onde se usa a fotografia da catedral de Notre-Dame, em Paris, para ilustrar uma notícia falsa de um incêndio em Portugal, mais de metade dos alunos costuma falhar a identificação. E não há nenhum problema em errar, como repete Rafaela Diniz ao longo da formação. Até porque é mesmo esse o objectivo do trabalho desenvolvido pelo Huawei SmartBus junto dos estudantes. “É que se for para errar, que seja aqui e não na vida real.”

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