Coordenadores técnicos também terão aumento de 104 euros em 2023

Em causa estão os coordenadores que estão na primeira posição da carreira, mas o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado pede alargamento a todos os trabalhadores da categoria.

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Maria Helena Rodrigues, presidente do STE, defende a reposição do valor das ajudas de custo de 2010 Mario Lopes Pereira

Os coordenadores técnicos que agora estão na primeira posição da tabela salarial também terão um aumento de 104 euros em Janeiro, em vez dos 52 euros inicialmente previstos. A decisão foi comunicada pelo Governo ao Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), na reunião desta quarta-feira, para discutir a valorização das carreiras gerais da função pública e a concretização do acordo assinado no final de Outubro.

“Fizemos alguns progressos, em particular na valorização da carreira de coordenador técnico. O governo está disponível para alterar a primeira posição remuneratória dos coordenadores técnicos”, disse a presidente do STE, Maria Helena Rodrigues, no final da reunião com a secretária de Estado da Administração Pública, Inês Ramires.

Isto significa que os coordenadores técnicos que agora estão na 14.ª posição da tabela remuneratória única, e a que corresponde um salário bruto de 1163,82 euros mensais, vão ter o aumento geral anual decidido para a generalidade dos trabalhadores no valor de 52 euros e terão um salto adicional de 52 euros. Ao todo, estes trabalhadores receberão mais 104 euros mensais com efeitos a partir de Janeiro de 2023.

A tabela salarial dos coordenadores técnicos prevê mais três níveis salariais, mas o Governo não se mostrou disponível para alargar o aumento adicional a estes trabalhadores. Ainda assim, o STE tem “a expectativa que o Governo possa avançar na sua posição, contemplando todas as posições da categoria de coordenador técnico”.

O STE colocou também em cima da mesa a questão das ajudas de custo e do subsídio de transporte pagos aos trabalhadores de carreiras que têm actividade fora do local de trabalho, como a inspecção ou fiscalização.

O sindicato defende a revogação do Decreto-lei 137/2010 que prevê uma redução entre 15% a 20% das ajudas de custo e do subsídio de transportes, defendendo a reposição dos valores em vigor até esse momento.

“O Governo assinalou a questão, mas referiu que não pode neste momento alterar os montantes praticados”, lamentou Maria Helena Rodrigues.

Na reunião desta quarta-feira foi também discutida a possibilidade de os trabalhadores acumularem os pontos sobrantes da avaliação de desempenho para progressões futuras, uma questão que o STE considera “relevante” por acelerar o desenvolvimento das carreiras.

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