Djokovic vai tentar igualar recorde de Federer em Turim

Nadal e Tsitsipas têm a possibilidade de sair de Itália no primeiro lugar do ranking.

Foto
Novak Djokovic EPA/CHRISTOPHE PETIT TESSON

Quem passar pela Piazza San Carlo, em Turim, e mesmo não sendo um adepto de ténis, tem a possibilidade de conhecer os 50 momentos mais marcantes do ATP Tour. A instalação “50 Years of Gaming Changing Tennis” é composta por 50 enormes cartazes, com foto e textos em inglês e italiano a explicar o “momento”. O 47.º refere-se à mudança das ATP Finals para Turim, onde pelo segundo ano consecutivo, se reúnem os oito melhores tenistas do ano.

A prova tem lugar na Pala Alpitour, a maior sala desportiva de Itália, e é onde Novak Djokovic quer viver um momento inesquecível, já que procura igualar o recorde de Roger Federer, detentor de seis títulos no evento, mais conhecido por “Masters”.

“Seria a forma perfeita de encerrar a época, a cereja no bolo, mas é um longo caminho, uma longa semana. Temos que defrontar os melhores jogadores do mundo. Tenho experiência neste torneio, neste formato e espero que me sirva”, afirmou o sérvio, que se estreou no Masters em 2007, dois meses antes de conquistar o primeiro de 21 títulos do Grand Slam, na Austrália.

O ex-número um mundial e o actual número oito do ranking vai ter como primeiro adversário o grego Stefanos Tsitsipas (3.º), no terceiro duelo entre ambos nas últimas cinco semanas, marcado para a noite de segunda-feira. “Defrontei-o nos dois últimos torneios que disputei, a final em Astana e nas meias-finais de Paris. Ambos foram muito equilibrados, em especial o de Paris. Não tenho dúvidas que me espera um encontro difícil”, afirmou Djokovic.

No mesmo Grupo Vermelho estão igualmente Daniil Medvedev (5.º), campeão em 2020, e Andrey Rublev (7.º); dois russos que devido à sua nacionalidade não puderam competir em Wimbledon e cujas época ficaram aquém do que prometiam.

“Não me sinto tão novo quanto os outros tipos, mas estou em boa forma, penso eu. Nos últimos quatro, cinco meses, ganhei em Wimbledon e a maioria dos torneios ‘indoor’ que disputei antes das ATP Finals. Penso que a intensidade vai ser elevada e vou ter que estar focado como se fosse uma final, pois acho que cada encontro vai ser assim”, afirmou o sérvio de 35 anos, que conquistou a prova pela última vez em 2015.

Carlos Alcaraz ausente

Djokovic e Rafael Nadal, de 36 anos, são os únicos do top-10 com mais de 26 anos, confirmando a subida de uma nova geração liderada por Carlos Alcaraz. O número um mundial, estará ausente devido a uma lesão abdominal e não poderá defender a liderança do ranking, ameaçada por Rafael Nadal e Stefanos Tsitsipas, caso saiam vencedores de Turim.

Nadal (2.º), nunca ganhou esta prova, muito por culpa das condições de jogo muito rápidas que costuma encontrar. Os melhores resultados foram obtidos em Londres, quando alcançou a final em 2020 e 2013. E Tsitsipas, campeão no Masters realizado em 2019, terá que ganhar o torneio, só com vitórias (na fase de grupos, meias-finais e final).

O Grupo Verde inclui também Casper Ruud (4.º), que chega a Turim com apenas um encontro ganho dos cinco últimos realizados, Felix Auger-Aliassime (6.º), o tenista em melhor forma, ao vencer 16 dos 17 derradeiros encontros disputados em condições semelhantes às das ATP Finals, e Taylor Fritz (9.º), o primeiro tenista dos EUA a disputar o Masters em singulares desde 2018.

Ruud e Auger-Aliassime defrontam-se na tarde de domingo, enquanto na sessão nocturna, Nadal enfrenta Fritz.

A primeira edição do “Masters” teve lugar em 1970, em Tóquio, com o triunfo, em singulares e pares (ao lado de Arthur Ashe) de Stan Smith – que viria a ser mais conhecido pelos famosos sapatos com o seu nome.

Sugerir correcção
Comentar