Governo afasta medidas de saúde pública obrigatórias “nesta fase”

Ministro da Saúde abordou conclusões da reunião de peritos no Infarmed.

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Manuel Pizarro falou após a reunião de peritos no Infarmed LUSA/MIGUEL A. LOPES

Ainda não é tempo de trazermos de volta para Portugal medidas de carácter obrigatório para conter a pandemia. A garantia foi dada nesta sexta-feira pelo ministro da Saúde, Manuel Pizarro, após a reunião de peritos no Infarmed. O responsável foi questionado sobre a possibilidade do regresso do uso obrigatório de máscaras ou medidas de distanciamento.

“Não está prevista a adopção de medidas de saúde pública de carácter obrigatório nesta fase”, resumiu o ministro. Ainda assim, Manuel Pizarro diz que as pessoas com constipação ou infecção ligeira devem usar máscara “para proteger os outros”, bem como aqueles que se sentirem fragilizados ou que estejam inseridos em grupos de risco. Contudo, isso partirá de uma “avaliação individual de cada um”.

Para Manuel Pizarro, o país precisa de “virar a página” do período mais difícil, mas garantiu que esta transição continuará a ser feita com cautela. “Virar a página não significa decretar o fim da pandemia ou desvalorizar a covid-19 ou outras infecções respiratórias. Isso significa aprendermos a lidar com essa situação de uma forma que nos permita o convívio social que é essencial para a nossa saúde.”

Quanto à subida do número de internamentos em pessoas com 50 ou mais anos, Manuel Pizarro relembra o apelo da DGS para a vacinação destas pessoas, mas considera que a situação está sob controlo.

“Preocupa sempre, mas não é motivo de alarme. Estamos a falar de números relativamente baixos. Não deixo de recordar que foi nesta semana que a DGS deixou a indicação do reforço vacinal contra a covid-19 para as pessoas acima dos 50 anos. Tivemos a boa notícia, transmitida pelo coronel Penha Gonçalves, de que teremos capacidade para vacinar todas essas faixas etárias até ao final de 2022”, afirmou Manuel Pizarro, nas declarações após a reunião dos peritos no Infarmed.

Uma das principais mensagens do ministro nas declarações após a reunião de peritos passou pela eficácia e segurança da vacina, com um novo apelo à adesão ao pedido feito pela DGS no início da semana.

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Responsáveis políticos marcaram presença na reunião desta sexta-feira MIGUEL A. LOPES/Lusa

“É inegável que as vacinas – quer da geração mais recente quer as iniciais – são eficazes contra a propagação da doença, mas sobretudo contra a mortalidade associada à doença. Esta mensagem é central, a vacina é eficaz e segura.”

Por último, Manuel Pizarro adianta que as conclusões dos especialistas permitem constatar que a gravidade das novas variantes é menor do que as que circularam anteriormente, confirmando que as vacinas ainda permanecem eficazes na prevenção de doença grave.

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