O santo hospitaleiro, o jihadista e a prostituta

A traço grosso, o que corta o entusiasmo, o social, o político e o sexual neste menos bom filme de Alain Guiraudie.

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Guiraudie investiga as águas movediças proletárias que engrossam o caudal da extrema direita-francesa

Em Clermont-Ferrand, a cidade em que Rohmer filmou A Minha Noite em Casa de Maud, Alain Guiraudie filma um homem que leva um monte de gente para passar a noite em casa dele. Essa personagem é o principal eixo de um filme que, no habitual estilo Guiraudie, parece estar sempre a querer sair dos eixos. Uma espécie de santo hospitaleiro (interpretado por Jean-Charles Clichet sempre com uma expressão de bondade obstinada, um facies de falso tolinho) que acolhe em sua casa uma prostituta (a bem conhecida Noémie Lvosky) perseguida pelo marido e um miúdo árabe suspeito de terrorismo jihadista, sem prejuízo de lá para o final esta peculiar colecção de hóspedes se ter visto acrescentada de alguns elementos.

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