Santa Casa garante que casos de sarna em lar da Póvoa de Varzim estão controlados

No total, foram registados cerca de 20 casos de escabiose nas instalações da instituição. O primeiro foi em Maio.

NEG - 8 DE NOVEMBRO 2022 - lar da santa casa da misericordia da povoa de varzim
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O primeiro caso de escabiose foi detectado dentro do lar em Maio NELSON GARRIDO
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Instalações do lar da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim NELSON GARRIDO
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Instalações do lar da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim NELSON GARRIDO
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Virgílio Ferreira, provedor da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim Nelson Garrido
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Instalações do lar da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim NELSON GARRIDO
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Instalações do lar da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim NELSON GARRIDO
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Instalações do lar da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim NELSON GARRIDO
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Instalações do lar da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim NELSON GARRIDO
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Instalações do lar da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim NELSON GARRIDO
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Instalações do lar da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim NELSON GARRIDO
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Instalações do lar da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim NELSON GARRIDO
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Instalações do lar da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim NELSON GARRIDO
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Instalações do lar da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim NELSON GARRIDO

Ainda há “um caso ou outro” em tratamento, mas os casos de escabiose, ou sarna, entre utentes do lar da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim estão controlados, garante o director clínico da instituição, Sérgio Cardoso. Nas unidades de cuidados continuados já não há registo de situações no activo. Mas as outras alas do lar continuam debaixo de olho.

Já há algum tempo que não há novos casos, assegura o médico da instituição ao PÚBLICO, que esta terça-feira fez uma visita às instalações. De forma a mitigar o contágio, em Agosto, os utentes estiveram em isolamento profiláctico. Mas ainda se tratam alguns utentes com mazelas que já vêm de trás.

Na semana passada, o provedor da Santa Casa da Póvoa de Varzim, Virgílio Ferreira, afastava a ideia de se tratar de um surto. Os casos surgiram espaçados ao longo de dois meses, justificava, rejeitando a ideia de haver um problema de higiene dentro do edifício.

Estas declarações foram feitas na sequência do envio, pelo grupo parlamentar do Bloco de Esquerda, de um conjunto de questões ao Ministério de Trabalho, Solidariedade e da Segurança Social para que o Governo apurasse informação difundida pelo Porto Canal, que dava conta de 20 casos de escabiose entre utentes e funcionários e de uma praga de baratas dentro do lar. No mesmo documento questionava-se ainda a alegada falta de cumprimento por parte da instituição dos direitos dos trabalhadores. A notícia do órgão de comunicação local teria saído de uma inspecção feita ao lar pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), por delegado de saúde e pela Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT).

Após guiar o PÚBLICO numa visita às instalações do lar onde vivem cerca de 150 pessoas, o provedor continua a dizer o mesmo que já tinha dito na sexta-feira passada: nega existir uma praga de baratas e um surto de sarna. Sobre a existência de baratas, garante receber uma equipa de controlo de pragas “regularmente”. Em Setembro, na sequência de uma dessas visitas, afirma, todos os indicadores eram positivos. Porém, sublinha ser normal que por vezes se encontre uma ou outra barata na cozinha, algo que acredita ser comum em edifícios antigos e com porta aberta para um jardim. Mas, considera ser um problema controlado. “Na nossa cozinha às vezes pode aparecer uma barata ou uma mosca. O espaço está aberto para um jardim. Nós controlamos as pragas no sentido de não infestarem, não invadirem. Pode uma ou outra sair e fugir para outro lado. O lar tem cerca de quarenta e tal anos”, atira.

Acerca de alegados atropelos aos direitos dos trabalhadores – em causa está o eventual não-pagamento de horas extra – admite existir um processo movido por uma ex-funcionária. Mas o entendimento do provedor é outro. “Isso é uma questão de diferendo da interpretação da lei de trabalho”, acredita. O acordo que diz ter com a maioria dos 250 funcionários do lar passa por “trocar horas por tempo”, ou seja, o tempo trabalhado a mais é convertido em folgas, segundo o responsável pela instituição.

O provedor confirma a inspecção feita pela ASAE, delegado de saúde e ACT. Mas não relaciona essa visita com o facto de os casos de sarna terem sido tornados públicos porque o resultado da inspecção ainda não é conhecido. “Ainda não veio o relatório. A única coisa que nos pediram foram documentos sobre o controle de pragas. E nós temos isso em dia porque há uma empresa que faz os relatórios. Questionaram sobre a formação das pessoas que estão na cozinha. E o resto era ligado ao ACT, sobre horários de trabalho”, adianta.

Os casos de sarna, diz o director clínico do lar, já não existem. Sérgio Cardoso, não nega que a escabiose está muitas vezes associada a problemas de higiene. Porém, apesar de o primeiro caso ter sido detectado dentro da instituição, acredita ter origem externa. Os cerca de 20 casos são o somatório dos contágios ao longo dos meses. O primeiro foi registado a 17 de Maio. A fase mais aguda terá sido em Agosto, quando os utentes tiveram de passar por um período de isolamento profiláctico. Este caso terá sido o mais expressivo em termos de número. Mas diz não ser incomum acontecer neste ou noutros lares. “É um parasita que passa através do contacto”, conclui.

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