Uma bicicleta fúnebre transporta caixões num último adeus mais verde e tranquilo

Corbicyclette é uma bicicleta fúnebre pensada por Isabelle Plumereau. Para a agente funerária parisiense, “esta é a melhor maneira de consolar as pessoas”.

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Corbicyclette combina a bicicleta e o carro funerário REUTERS/Yiming Woo

Num destes dias de Outono, a empreendedora Isabelle Plumereau pedalou por Paris com a sua bicicleta fúnebre, com a qual espera implementar, em breve, uma nova forma “verde” de realizar funerais na capital francesa.

Funerais mais silenciosos e ambientalmente mais conscientes são uma tendência em crescimento, e Plumereau diz que transportar o caixão numa bicicleta de carga especialmente pensada para o efeito pode conferir um ritmo mais terra a terra a um funeral.

Embora já existam bicicletas fúnebres em alguns outros países, incluindo Suíça e Dinamarca, a sua Corbicyclette será a primeira em França, afiança a agente funerária de 51 anos.

Corbicyclette, a bicicleta fúnebre. Le Ciel & La Terre
Corbicyclette, a bicicleta fúnebre. Le Ciel & La Terre
Corbicyclette, a bicicleta fúnebre. Le Ciel & La Terre
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Corbicyclette, a bicicleta fúnebre. Le Ciel & La Terre

"Para mim, faz sentido combinar a bicicleta e o carro funerário porque, quando falamos de bicicletas em Paris, estamos a falar de mobilidade suave e se há um dia em que precisamos de suavidade é aquele em que acompanhamos alguém que amamos até ao local de descanso final”, disse Plumereau. "Todos andam ao mesmo ritmo (atrás de uma bicicleta fúnebre) e ouvimo-nos uns aos outros, ouvimos os sons da natureza à nossa volta, o vento nas árvores, os pássaros. Na minha opinião, esta é a melhor maneira de consolar as pessoas”, acrescenta.

Isabelle Plumereau​ já tem as autorizações oficiais para utilizar a bicicleta fúnebre — depois de a adaptar à regulamentação francesa — e está apenas à espera da luz verde da seguradora para começar.

Em Paris, ao vê-la passar, as pessoas olhavam para a bicicleta preta e de madeira clara, algumas delas intrigadas, mas nem todas estavam convencidas. "É bastante inovador”, disse Elyes Meziou, de 49 anos, antes de acrescentar que não o quereria para o seu próprio funeral.

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