Governo convocou associações militares para reunião no dia 8 sobre salários

Helena Carreiras espera que a actualização salarial da função pública possa ter efeitos especialmente ao nível dos salários mais baixos dos civis e militares que trabalham no sector da Defesa.

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Helena Carreiras está a ser ouvida nas comissões parlamentares de Orçamento e Finanças e de Defesa Nacional LUSA/ANTÓNIO PEDRO SANTOS

O Governo convocou as associações profissionais de militares para uma reunião para o próximo dia 8 de Novembro sobre actualizações salariais, anunciou esta sexta-feira a ministra da Defesa, Helena Carreiras.

“Sobre este tema, posso informar que as associações profissionais de militares foram convocadas para uma reunião conjunta com a Defesa Nacional e a Administração Pública no dia 8 de Novembro”, declarou a governante, que está a ser ouvida nas comissões de Orçamento e Finanças e de Defesa Nacional, a propósito da proposta do Orçamento do Estado para 2023 (OE2023).

Foram convocadas a Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA), a Associação Nacional de Sargentos (ANS), a Associação de Praças (AP), a Associação de Militares na Reserva e na Reforma, a Associação Socioprofissional de Polícia Marítima, a Associação Socioprofissional de Faroleiros, bem como a Associação de Polícias de Estabelecimentos de Marinha.

Na sua intervenção inicial, a ministra da Defesa defendeu que o OE2023 se compromete “com as pessoas e com a valorização da carreira militar”. “Como sabem, o valor de despesas com pessoal no Orçamento para 2023 não reflecte, ainda, a actualização salarial para a Administração Pública que está a ser trabalhada no seio do Governo e que esperamos que possa vir a ter um impacto positivo para civis e militares da Defesa Nacional, sobretudo nas remunerações mais baixas na Tabela Remuneratória Única”, acrescentou.

No passado dia 11 de Outubro, a ministra da Defesa Helena Carreiras afirmou numa audição regimental no Parlamento que as Forças Armadas iriam ter valorizações salariais “em linha com o que está a ser feito na administração pública”, com negociações em curso.

Dias depois, as associações profissionais de militares representantes dos Oficiais, Sargentos e Praças das Forças Armadas disseram desconhecer a existência de negociações sobre aumentos salariais, tendo a ministra esclarecido mais tarde que iria auscultar estas associações.

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