Português detido e acusado em Hong Kong por insurreição

Joseph John, de 40 anos, é acusado de “publicar, disponibilizar e/ou continuar a disponibilizar declarações e fotografias no Facebook, site(s), Twitter, Instagram e Telegram” com intenção sediciosa.

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O crime de sedição está previsto numa lei em vigor deste o final da era colonial em Hong Kong JEROME FAVRE/EPA

A fiança foi negada a um homem de nacionalidade portuguesa acusado de conspirar com outras pessoas para cometer actos de insurreição através de publicações online, em violação da lei de sedição em Hong Kong.

Joseph John, de 40 anos, compareceu no Tribunal de Magistrados de West Kowloon nesta quinta-feira e é acusado de “publicar, disponibilizar e/ou continuar a disponibilizar declarações e fotografias no Facebook, site(s), Twitter, Instagram e Telegram” com intenção sediciosa, de acordo com o jornal online Hong Kong Free Press.

O homem pretendia alegadamente provocar “ódio, desprezo ou descontentamento” contra as autoridades centrais e o governo de Hong Kong, “incitar pessoas à violência” e/ou “aconselhar a desobediência à lei ou a qualquer ordem legal”.

O juiz responsável pelo caso negou o pedido de fiança de John, tendo afirmado que não há motivos suficientes para acreditar que o homem não continuará a cometer actos que ponham em risco a segurança nacional.

A procuradoria solicitou o adiamento do caso durante 12 semanas para permitir que a polícia conduzisse mais investigações aos três smartphones e a um laptop de John e à sua conta bancária pessoal, segundo o mesmo jornal.

O réu, que supostamente trabalhava no Royal College of Music no Reino Unido, foi detido pela polícia de segurança nacional na terça-feira. Joseph John manteve o seu direito de rever o seu pedido de fiança dentro de oito dias e comparecerá em tribunal novamente a 11 de Novembro.

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