Coreia do Sul

O silêncio reina nos “perdidos e achados” da tragédia de Seul

São mais de 800 objectos, estão expostos num pavilhão em Seul e aguardam que sobreviventes ou familiares das vítimas os reclamem.

Objectos perdidos durante tragédia ocorrida na Coreia do Sul estão expostos num pavilhão em Seul, Coreia do Sul, para serem identificados pelos seus proprietários ou por familiares das vítimas REUTERS/Kim Hong-Ji
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Objectos perdidos durante tragédia ocorrida na Coreia do Sul estão expostos num pavilhão em Seul, Coreia do Sul, para serem identificados pelos seus proprietários ou por familiares das vítimas REUTERS/Kim Hong-Ji

O centro desportivo Wonhyoro, em Seul, a apenas cinco quilómetros do local onde ocorreu a tragédia que vitimou mortalmente 156 pessoas que festejavam o Halloween, transformou-se, a 1 de Novembro, num centro de "perdidos e achados". Os mais de 800 objectos encontram-se dispostos ao longo do pavilhão, devidamente numerados, a fim de serem identificados e reclamados por sobreviventes ou familiares das vítimas.

Sobre lençóis negros estavam, no momento do registo da Reuters, 256 pares de sapatos, 258 peças de roupa, 124 malas e carteiras, 156 dispositivos electrónicos e inúmeros bens pessoais de diversos tipos que ficaram perdidos durante o caos que se instalou, no dia 29 de Outubro, em Itaewon, uma zona de bares, discotecas e restaurantes da capital sul-coreana.

Uma jovem sobrevivente, que optou por não se identificar perante a agência noticiosa, procura, sem sucesso, a sua carteira entre os objectos que se encontram expostos no pavilhão gimnodesportivo. "Eu fiquei apertada no fundo do beco, mas sobrevivi porque a parte superior do meu dorso não foi pressionada", relatou. A amiga que estava consigo nessa noite também sobreviveu.

O governo da Coreia do Sul declarou uma semana de luto nacional em homenagem aos 156 mortos e 151 feridos que resultaram da tragédia. Presentemente, vivem-se momentos de choque, de pesar e de revolta "pela forma como as autoridades geriram a situação".

Objectos perdidos durante tragédia ocorrida na Coreia do Sul estão expostos num pavilhão em Seul, Coreia do Sul, para serem identificados pelos seus proprietários ou por familiares das vítimas
Objectos perdidos durante tragédia ocorrida na Coreia do Sul estão expostos num pavilhão em Seul, Coreia do Sul, para serem identificados pelos seus proprietários ou por familiares das vítimas REUTERS/Kim Hong-Ji
Objectos perdidos durante tragédia ocorrida na Coreia do Sul estão expostos num pavilhão em Seul, Coreia do Sul, para serem identificados pelos seus proprietários ou por familiares das vítimas
Objectos perdidos durante tragédia ocorrida na Coreia do Sul estão expostos num pavilhão em Seul, Coreia do Sul, para serem identificados pelos seus proprietários ou por familiares das vítimas REUTERS/Kim Hong-Ji
Objectos perdidos durante tragédia ocorrida na Coreia do Sul estão expostos num pavilhão em Seul, Coreia do Sul, para serem identificados pelos seus proprietários ou por familiares das vítimas
Objectos perdidos durante tragédia ocorrida na Coreia do Sul estão expostos num pavilhão em Seul, Coreia do Sul, para serem identificados pelos seus proprietários ou por familiares das vítimas REUTERS/Kim Hong-Ji
Objectos perdidos durante tragédia ocorrida na Coreia do Sul estão expostos num pavilhão em Seul, Coreia do Sul, para serem identificados pelos seus proprietários ou por familiares das vítimas
Objectos perdidos durante tragédia ocorrida na Coreia do Sul estão expostos num pavilhão em Seul, Coreia do Sul, para serem identificados pelos seus proprietários ou por familiares das vítimas REUTERS/Kim Hong-Ji
Objectos perdidos durante tragédia ocorrida na Coreia do Sul estão expostos num pavilhão em Seul, Coreia do Sul, para serem identificados pelos seus proprietários ou por familiares das vítimas
Objectos perdidos durante tragédia ocorrida na Coreia do Sul estão expostos num pavilhão em Seul, Coreia do Sul, para serem identificados pelos seus proprietários ou por familiares das vítimas REUTERS/Kim Hong-Ji
Objectos perdidos durante tragédia ocorrida na Coreia do Sul estão expostos num pavilhão em Seul, Coreia do Sul, para serem identificados pelos seus proprietários ou por familiares das vítimas
Objectos perdidos durante tragédia ocorrida na Coreia do Sul estão expostos num pavilhão em Seul, Coreia do Sul, para serem identificados pelos seus proprietários ou por familiares das vítimas REUTERS/Kim Hong-Ji
Objectos perdidos durante tragédia ocorrida na Coreia do Sul estão expostos num pavilhão em Seul, Coreia do Sul, para serem identificados pelos seus proprietários ou por familiares das vítimas
Objectos perdidos durante tragédia ocorrida na Coreia do Sul estão expostos num pavilhão em Seul, Coreia do Sul, para serem identificados pelos seus proprietários ou por familiares das vítimas REUTERS/Kim Hong-Ji
No interior do pavilhão onde se encontram os objectos que pertenciam a pessoas que estiveram presentes na tragédia ocorrida na Coreia do Sul. Seul, Coreia do Sul, 1 de Novembro de 2022.
No interior do pavilhão onde se encontram os objectos que pertenciam a pessoas que estiveram presentes na tragédia ocorrida na Coreia do Sul. Seul, Coreia do Sul, 1 de Novembro de 2022. REUTERS/Kim Hong-Ji
No interior do pavilhão onde se encontram os objectos que pertenciam a pessoas que estiveram presentes na tragédia ocorrida na Coreia do Sul. Seul, Coreia do Sul, 1 de Novembro de 2022.
No interior do pavilhão onde se encontram os objectos que pertenciam a pessoas que estiveram presentes na tragédia ocorrida na Coreia do Sul. Seul, Coreia do Sul, 1 de Novembro de 2022. REUTERS/Kim Hong-Ji
No interior do pavilhão onde se encontram os objectos que pertenciam a pessoas que estiveram presentes na tragédia ocorrida na Coreia do Sul. Seul, Coreia do Sul, 1 de Novembro de 2022.
No interior do pavilhão onde se encontram os objectos que pertenciam a pessoas que estiveram presentes na tragédia ocorrida na Coreia do Sul. Seul, Coreia do Sul, 1 de Novembro de 2022. REUTERS/Kim Hong-Ji