Silviano Santiago: “A pandemia recalcou todo o meu desejo de recordação”

O escritor e académico brasileiro agraciado com o Prémio Camões 2022 ainda não sabe quando publicará a segunda parte das suas memórias. A sua obra não está publicada em Portugal.

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Escritor e académico brasileiro Silviano Santiago GAILLARDE/REGLAIN/Gamma-Rapho/ Getty Images

No prefácio que Silviano Santiago fez para a reedição do seu romance Stella Manhattan, o académico brasileiro expressa o desejo de “atingir o leitor”. Cita até um excerto desse romance, que escreveu quando tinha 49 anos e está reeditado no Brasil pela Companhia das Letras, onde se lê: “Quero fazer um poema, um livro onde a apreensão pelo tato seja o que importa. Pedir ao leitor que pegue nas palavras com as mãos para que as sinta como se fossem vísceras, corpo amado, músculo alheio em tensão (...) Que não haja diferença entre apanhar uma palavra no papel e uma bolinha de mercúrio na mesa.”

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