Talvez seja fatalidade nossa carregarmos coisas inúteis

Qual o mal do acordo de 1990? É que é o único que não respeita nem a fonética nem as regras do português europeu.

A história do Acordo Ortográfico, a que voltei na passada semana por imperativos noticiosos, tem coisas muito estranhas, algumas até (passe a popularuchice) do arco-da-velha. É curioso ver como tantas pessoas que o execram em privado, e disso guardo variadíssimos testemunhos (que não citarei, porque tais pessoas têm direito ao seu recato), o aplicam em público; muitas vezes num estilo que poderemos designar como miscelânea incongruente de ortografias ou até, em autocensura, evitando usar certas palavras que o acordo mutilou. Já ouvi, de várias maneiras e em vários tons: “O acordo? Acabem lá com isso, força!” Depois, cabeça baixa.

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