João Costa diz que cabe aos sindicatos reivindicar — e ao Governo, continuar a investir na educação

Ministro da Educação disse respeitar “completamente o direito à greve”, mas assegurou que há um investimento continuado. Greve de professores marcada para 2 de Novembro.

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João Costa, ministro da Educação LUSA/António Pedro Santos

O ministro da Educação disse hoje que cabe aos sindicatos o papel de reivindicar e ao Governo compete “continuar o investimento na educação”, assegurando que Portugal tem registado um crescimento continuado e consolidado nas despesas com o sector.

João Costa, que participou na sessão de encerramento do evento do “Escola Sem Bullying, Escola Sem Violência”, em Almada, no distrito de Setúbal, reagia assim ao anúncio de greve dos professores a 2 de Novembro, em protesto contra a alegada falta de investimento do Governo na educação exposta na proposta de Orçamento do Estado para 2023.

A greve foi convocada pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Federação Nacional da Educação (FNE), Sindicato Nacional e Democrático dos Professores (SINDEP), Associação Sindical de Professores Licenciados (ASPL) e Sindicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Politécnicos e Universidades (SPLIU), entre outras plataformas, que exigem a valorização da carreira docente, o combate à precariedade e a necessidade de promover o rejuvenescimento do sector.

“Cabe aos sindicatos esse papel de reivindicar, de ser exigente para com o Governo, e a nós compete-nos continuar este investimento na educação”, disse João Costa em declarações à comunicação social.

O ministro da Educação disse respeitar “completamente o direito à greve”, considerando-a uma forma de luta legítima, mas assegurou que há um investimento continuado e em educação “que se reflecte nas múltiplas medidas, seja nas carreiras dos professores seja de outras medidas para as escolas”.

“Temos um orçamento de crescimento na área da Educação, dando cumprimento ao que estava previsto no programa do Governo, que é usar bem os nossos fundos disponíveis para o investimento em área criticas para o desenvolvimento do país”, disse.

João Costa disse que o aumento continuado nas despesas com educação permite uma variação que, desde 2015, há um crescimento de 44,1% na despesa consolidada com a área.

“Isto não é pouco, é sintoma de uma sequência de três governos que não desiste de investir na Educação”, salientou.

O secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, disse hoje em Coimbra, que o financiamento previsto no Orçamento do Estado de 2023, para a Educação, não dá resposta a nenhum dos problemas dos professores, que se sentem desrespeitados.

De acordo com as várias estruturas sindicais associadas aos professores e educadores, que já submeteram o pré-aviso de greve, foi escolhido o dia 2 de Novembro para fazer coincidir a greve nacional com a intervenção do ministro da Educação, João Costa, na Assembleia da República, em defesa da proposta orçamental para o sector no próximo ano.

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