Via Transilvanica: 1400 quilómetros de trilhos para unir a Roménia e revitalizar o interior

Após quatro anos e o apoio de 10 mil voluntários, está inaugurada a Via Transilvanica, uma grande rota para caminhar ou pedalar a Roménia de Norte a Sul. “O meu único objectivo era revitalizar as áreas rurais”, diz impulsionador do projecto.

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A Via Transilvanica atravessa a Roménia de norte a sul DR/Via Transilvanica
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O projecto contou a colaboração de 10 mil voluntários na marcação dos trilhos DR/Via Transilvanica
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Os marcos de pedra que sinalização parte do percurso têm gravuras realizadas por artistas locais DR/Via Transilvanica
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São 1400 quilómetros de trilhos por “2000 anos na história da Transilvânia” DR/Via Transilvanica
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Os marcos de pedra que sinalização parte do percurso têm gravuras realizadas por artistas locais DR/Via Transilvanica
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Os marcos de pedra que sinalização parte do percurso têm gravuras realizadas por artistas locais DR/Via Transilvanica
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As paisagens vão “desde os prados verdes às margens do rio Danúbio até aos picos das montanhas” DR/Via Transilvanica
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Os marcos de pedra que sinalização parte do percurso têm gravuras realizadas por artistas locais DR/Via Transilvanica
,Museu do Mosteiro de Putna
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Entre Putna e Drobeta Turnu Severin há 67 etapas para palmilhar DR/Via Transilvanica
Meia idade
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Um dos objectivos do projecto passa por revitalizar as áreas rurais DR/Via Transilvanica
Via Transilvânica
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O trilho está dividido em sete regiões e quase 70 etapas DR/Via Transilvanica
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Inspirado pelo Caminho de Santiago, também existe um passaporte para carimbar DR/Via Transilvanica
,Via Transilvânica
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Alin Useriu (à direita), impulsionador do projecto, levou quase dois meses a caminhar todo o percurso DR/Via Transilvanica

Com a conclusão da última etapa, na região de Alba, está oficialmente inaugurada a Via Transilvanica, o épico projecto lançado há quatro anos e o primeiro do género na Roménia. São 1400 quilómetros de trilhos, para percorrer a pé ou de bicicleta, por “2000 anos na história da Transilvânia” e paisagens que vão “desde os prados verdes às margens do rio Danúbio até aos picos das montanhas”, descreve-se no guia disponibilizado na página oficial.

A via Transilvanica é um projecto da Tășuleasa Social, uma organização sem fins lucrativos que trabalha questões ambientais, educacionais, sociais e culturais. Foi lançado em 2018, ano em que se celebrava o centenário da unificação do país, com a ambição de “unir verdadeiramente” o território, num trilho com mais de 1400 quilómetros que atravessa agora a Roménia de Norte a Sul, através da sua “diversidade histórica, cultural, étnica e geográfica”.

Entre Putna, na região de Bukovina, e Drobeta Turnu Severin, junto ao Danúbio, há 67 etapas para palmilhar (mais algumas derivações em vários trilhos), ao longo de sete regiões. Uma aventura que Alin Useriu, presidente da associação e impulsionador do projecto, levou quase dois meses a percorrer de ponta a ponta, concluindo a jornada a 7 de Outubro para, no dia seguinte, inaugurar oficialmente a Via Transilvanica.

Os primeiros 100 quilómetros da grande rota tinham sido marcados logo em 2018, seguidos por mais 800km em 2020 e outros 254km no ano seguinte. No início deste mês, ficou concluída a última etapa, de 141km, na região de Alba, atravessando “muitas cidades carregadas de história”, não sendo desprovido “de paisagens naturais espectaculares, onde o património dácio é fortemente sentido”, descreve a organização no Facebook. Além do apoio de entidades governativas e do patrocínio de marcas, o projecto contou com mais de 10 mil voluntários para marcar todo o percurso.

Inspirado pela rota peregrina rumo a Santiago de Compostela e outros trilhos de longa distância, a Via Transilvanica nasce também com um outro propósito: “O meu único objectivo era revitalizar as áreas rurais”, sublinha Alin Useriu, em declarações à AFP. Apesar do crescimento económico das últimas décadas, a Roménia não é alheia a um fenómeno que se multiplica por tantos países: o êxodo das populações, sobretudo das gerações mais novas, do interior.

Cruzando mais de uma centena de vilas e aldeias, o projecto ambiciona trazer desenvolvimento económico e dinamismo às localidades rurais e encorajar uma aposta no ecoturismo, mas também apoiar a preservação das tradições e arquitectura locais. A massificação não é uma preocupação. “Definimos o tráfego máximo em 300 mil pessoas por ano. E ainda estamos longe disso”, aponta à AFP.

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