JP Morgan Chase não quer Kanye West como cliente

O banco norte-americano enviou uma carta ao rapper a rescindir a relação comercial entre ambos.

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Na carta não são apontadas quaisquer motivações para a rescisão Reuters/DAVID SWANSON

Os negócios de Kanye West, legalmente conhecido por Ye, vão deixar de passar pelo JP Morgan Chase, instituição de serviços financeiros norte-americana.

O banco enviou uma carta ao rapper, ultimamente envolvido em várias polémicas que lhe valeram suspensões nas redes sociais, em que informa que “decidiu pôr fim à sua relação bancária com a Yeezy LLC e as suas entidades afiliadas”.

A missiva foi partilhada no Twitter por Candace Owens, uma activista política, conhecida por ser apoiante de Trump, mas também pelas suas críticas ao movimento Black Lives Matter, o mesmo que atacou o artista por ter apresentado em Paris uma T-shirt com a frase White Lives Matter.

Apesar de na carta não serem apontadas quaisquer motivações para a rescisão, o New York Post lembra que a decisão é conhecida depois de Ye ter tecido “comentários anti-semitas”. O periódico norte-americano avança que o banco deu ao rapper tempo, até Novembro, para encontrar uma nova entidade bancária que trate das finanças da sua marca multimilionária.

O músico partilhou duas publicações nas redes sociais que foram consideradas anti-semitas, e que lhe valeram a suspensão das suas contas. No entanto, aquilo que pessoas próximas do cantor disseram ao New York Post é que o comportamento errante já tinha começado antes do desfile na Semana de Moda de Paris.

Desde então, Ye terá despedido consultores e conselheiros, estando à procura de uma nova equipa para o apoiar na candidatura à Casa Branca — Kanye West apresentou-se como candidato em 2020, tendo recolhido, ao lado de Michelle Tidball, 67.906 votos, e pretende voltar a tentar a presidência em 2024.

Durante a campanha, a saúde mental do rapper foi um dos temas mais quentes e a então mulher, Kim Kardashian, recorreu às redes sociais a pedir compaixão pelo marido pelo facto de este sofrer de perturbação bipolar, mas em 2018, numa visita à Casa Branca, durante a qual trocou abraços com Trump, o rapper assumiu ter sido “diagnosticado com transtorno bipolar”, ainda que considerasse, apoiado por um neuropsicólogo, que o seu problema era “falta de sono”.

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