Annie Ernaux: escrever o trauma

Annie Ernaux narra a experiência de um aborto, quando tinha 23 anos, como quem mergulha no momento exacto em que se deu o acontecimento.

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A escrita de Annie Ernaux suprime o romanesco, não deixa que se dê qualquer desvio em relação à verdade autobiográfica Johanna Geron/REUTERS

Contestar a decisão da Academia sueca, quanto ao escritor laureado com o Prémio Nobel da Literatura, é um preceito anualmente reactivado, com aspectos tão lúdicos como as apostas dos entendidos a anteceder o veredicto. Este ano, foi a vez de Annie Ernaux fornecer as garantias para a persistência de tão divertida tradição. Até em França, passado o primeiro momento de regozijo nacional, eclodiu um burburinho contestatário que pode ser escutado em diversas latitudes.

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