O laço rosa, símbolo das campanhas contra o cancro da mama, faz 30 anos

Outubro é apelidado de “mês rosa”, altura em que se chama a atenção para o cancro da mama.

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Laço rosa com 275 metros, colocado por mais de 540 voluntários no topo da montanha Tetas de Viana, na cidade de Trillo, Guadalajara, Espanha, para assinalar o mês de consciencialização para o cancro da mama EPA/NACHO IZQUIERDO

O laço cor-de-rosa, símbolo da consciencialização para o cancro da mama, celebra agora 30 anos. Co-criada pela empresária Evelyn Lauder, a fita lembra as mulheres para fazerem exames médicos e aparece em produtos vendidos, com a promessa de que parte dessa venda será doada para apoiar organizações que fazem investigação ou trabalham com mulheres com esta doença. Outubro é o chamado “mês rosa” em que se chama a atenção para o cancro da mama.

Evelyn Lauder, que morreu em 2011, inspirou-se no símbolo do laço encarnado, que nasceu para consciencializar as pessoas para a Sida. A empresária fundou ainda, em 1993, a Breast Cancer Research Foundation, nos EUA. “A minha mãe dizia que, diariamente, há mais mulheres diagnosticadas com cancro da mama do que pessoas diagnosticadas com Sida, e isso afecta uma em cada oito mulheres”, recorda William P. Lauder, presidente-executivo da Estee Lauder Companies Inc e filho de Evelyn.

Nos EUA, o cancro da mama é a segunda causa de morte por cancro entre as mulheres, depois do cancro do pulmão, de acordo com a American Cancer Society. A possibilidade de uma mulher morrer de cancro da mama é de cerca de uma em 39, ou seja, qualquer coisa como 2,5%. Em Portugal, são diagnosticados sete mil novos casos por ano, uma média de 19 novos casos por dia. Segundo dados da Liga Portuguesa Contra o Cancro, cerca de 1800 mulheres morrem com esta doença

As fundações criadas pela Estée Lauder avançam que financiam em mais de 108 milhões de dólares em investigação, educação e serviços médicos, além de colaborar com mais de 60 organizações que trabalham com comunidades locais, em todo o mundo.

Para Karen Knudsen, directora-executiva da American Cancer Society, estas três décadas de campanhas protagonizadas pelo laço rosa ajudaram a aumentar a consciencialização e a investigação da doença. “Nesta história, aprecio o poder do laço rosa e o poder das mulheres”, declara.

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