Sporting recebe Marselha que não vence fora há uma década

Rúben Amorim quer emendar goleada em França e confia em Franco Israel na baliza.

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Rúben Amorim confia em Franco Isreal e no triunfo do Sporting EPA/ANTONIO PEDRO SANTOS

Quase três décadas depois da inédita conquista do Olympique de Marselha da Liga dos Campeões, a equipa francesa continua muito distante da gloriosa temporada de 1992-93. A goleada imposta ao Sporting, em França, há uma semana, por 4-1, foi uma excepção entre longas ausências e campanhas desastrosas na competição milionária.

Nos últimos nove jogos o Marselha somou apenas dois triunfos e os últimos pontos conquistados fora de casa datam de 6 de Dezembro de 2011, quando bateu os alemães do Borussia Dortmund (2-3). Os “leões” podem, nesta quarta-feira, em Alvalade, travar a esperança que despontaram no Vélodrome.

“Vamos defrontar uma grande equipa, mas não tenho dúvidas de que vamos ganhar ao Marselha”, antecipou esta terça-feira Rúben Amorim, no lançamento da quarta jornada do Grupo D da Liga dos Campeões (20h, TVI).

Para reforçar a confiança do treinador português terá contribuído o revés que o adversário sofreu na última ronda da Liga francesa, ao perder em casa com o modesto Ajaccio (1-2), deixando isolar-se no comando da classificação o PSG. Um encontro em que, ironicamente, os adeptos voltaram às bancadas para apoiar o Olympique ao contrário do jogo com os lisboetas que decorreu à porta fechada, por castigo da equipa da casa.

Amorim terá analisado profundamente o que correu mal em França para que o Sporting tenha transformado uma vantagem madrugadora numa derrota humilhante. Na memória estará particularmente o enorme erro do guarda-redes Antonio Adán, que lhe valeu a expulsão e desvantagem numérica da sua equipa logo a partir dos 23’, quando o oponente já vencia por 2-1.

É verdade que o experiente jogador espanhol, de 35 anos, respondeu e redimiu-se com uma excelente exibição frente ao Santa Clara, nos Açores (1-2), mas ficará fora do reencontro com os marselheses. No seu lugar irá estar o jovem uruguaio Franco Israel, de 22 anos.

“Obviamente que não é tão experiente como o Adán, nem tem tanto tempo de jogo, mas vai começar a ter”, vaticinou Rúben Amorim. “O Franco foi escolhido pelas características da equipa. Vai ter de jogar com os pés e arriscar como o Adán fez, mas mais do que preocupados, estamos entusiasmados”, garantiu o técnico, puxando de seguida pelas credenciais do guarda-redes sul-americano: “Vai jogar e está preparado porque já trabalha há algum tempo aqui, já jogou na Juventus e é internacional pelas camadas jovens do Uruguai.”

Depois de ter enfrentado o Vélodrome de bancadas despidas, Amorim espera agora um ambiente diametralmente oposto em Lisboa e mais motivador para os seus jogadores. “Espero um estádio cheio, barulho e ainda bem porque vamos jogar com uma grande equipa. Não podemos perder de vista a capacidade do Marselha, está em segundo na Liga francesa e reforçou-se como se reforçou.”

Se vencerem, os “leões”, que lideram actualmente o grupo isoladamente, com seis pontos, darão um passo gigante rumo aos oitavos-de-final.

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