Marco Santos tem um novo álbum, Evocations, e estreia-o em vídeo com Lamento de Alegria

Músico, baterista, compositor, dividindo a sua actividade entre a Holanda e Portugal, Marco Santos estreou-se em disco em 2014, com Ode Portrait, regressando agora aos discos com um álbum a que chamou Evocations. Gravado em 2020, durante a pandemia, nele Marco Santos participou apenas com piano, voz e electrónica, convidando outros músicos para gravarem consigo, à distância, consoante cada tema: os portugueses João Frade (acordeão) e Diogo Duque (trompete), o argentino Martín Sued (bandonéon), o grego Vasilis Stefanopoulos (contrabaixo e electrónica), o turco Sinan Arat (voz e ney, uma flauta de junco turca) e a holandesa Rose Nocturne (poesia). Além disso, os oito temas do disco (Grace, Remembrance, Empirical, Lamento de Alegria, Allegory, Impetus e Reverie) deram origem a oito videoclipes dos quais se estreia esta segunda-feira, a par da edição do álbum, Lamento de Alegria.

Cada videoclipe foi também entregue a um artista visual diferente e neles participam ainda vários bailarinos, já que Marco Santos é também fundador da Companhia do Corpo – Pulsar, com base em Lisboa, aí promovendo um diálogo entre música, dança e teatro com um único instrumento, o corpo; e, na Holanda, da United Art Movement, que desde 2015 promove um encontro anual para “promover a união de várias formas de arte num só palco”. Talvez por isso, Marco define este seu novo disco como “jazz cinematográfico, música que promove o movimento”, nele participando 25 criadores, entre músicos, artistas visuais e bailarinos.

No comunicado que acompanha o lançamento de Evocations, o músico João Lucas escreve, a propósito: “Falamos de uma espécie de imobilidade nómada, algo que se desloca com lentidão, como que em levitação de paisagem em paisagem, que se desequilibra aqui e ali com incidentes não invasivos, como que para manter o fluxo de um fio contemplativo que nunca se enrodilha sobre si próprio. Chegamos a ter cinema, ainda que sem imagem física...”

Gravado em Haia, na Holanda, nos estúdios da United Art Movement, o tema que agora se estreia, Lamento de Alegria, conta com Marco Santos (piano e voz) e Diogo Duque (trompete), sendo o videoclipe dirigido por Maria Joana Figueiredo. Nele participam ainda Carolina Morais Fonseca (dança e coreografia) e Francisca Figueiredo (a criança).

Quanto ao álbum, vai ser apresentado ao vivo numa série de concertos em várias salas do país, já a partir de Outubro, com Marco Santos (composição, bateria e electrónica), Carlos Garcia (piano) e Catarina Rodrigues (sintetizadores). No dia 21, estará em Leiria (Teatro Nariz), seguindo-se Castelo Branco (28) e, em Novembro, Olhão (25, na República 14), Tavira (26, Ria Inquieta) e Faro (27, Clube Farense). Por fim, em Dezembro, o trio actuará em Montemor-o-Novo (dia 2), Coimbra (3, Salão Brazil), Lisboa (7, Hot Clube de Portugal) e Pombal (9).