Andualem Shiferaw vence pela terceira vez a Maratona de Lisboa e bate recorde

O maratonista etíope venceu a prova pela terceira vez e bateu em sete segundos o recorde que tinha imposto. A portuguesa mais rápida em prova foi Joana Fonseca, que concluiu o percurso na 24.ª posição à geral.

Foto
“Não é fácil vencer uma prova destas", afirmou Shiferaw ao chegar à meta Reuters/Christopher Pike

O maratonista etíope Andualem Shiferaw tornou-se no atleta com mais vitórias na Maratona de Lisboa depois de ter vencido a prova pela terceira vez, batendo ainda em sete segundos o recorde que o próprio tinha imposto.

Fez-se história na Maratona de Lisboa. O atleta etíope Shiferaw foi o primeiro a cortar a linha de meta do percurso de 42 quilómetros, vencendo pela terceira vez consecutiva, conseguindo ainda bater o recorde da prova, anteriormente fixado nas 2h05m52s, terminando em 2h05m45s.

“Não é fácil vencer uma prova destas, é preciso muito trabalho e muito treino. Tinha na minha mente que queria vencer e bater o recorde. Estou muito feliz”, afirmou Shiferaw à chegada à meta.

Os compatriotas Haftu Asefa (2h06m33s) e Birhan Tesfaye (2h07m04s) ficaram no segundo e terceiro lugares, respectivamente, “vestindo” o pódio da geral com as cores da Etiópia.

O melhor português em prova foi José Sousa, que correu com o objectivo de ajudar as atletas femininas da frente a bater o recorde da prova. “Vim até aqui com o objectivo de ajudar as atletas africanas a bater o recorde do percurso, falhámos por poucos segundos, ela quebrou bastante na parte final, mas saio daqui satisfeito por ter sido o melhor português. Não vinha com esse objectivo, mas saio daqui feliz”, afirmou José Sousa, convidado para ser “pacer” de Bornes Kitur, a vencedora da maratona entre as atletas femininas.

A atleta queniana não bateu o recorde do percurso por poucos segundos, terminando com o tempo de 2:24:17 horas, tendo a companhia no pódio de Sorome Amente e de Buzunesh Gudeta, ambas naturais da Etiópia.

A portuguesa mais rápida em prova foi Joana Fonseca, que concluiu o percurso na 24.ª posição à geral. “Infelizmente não consegui cumprir o que tinha estipulado por alguns segundos, mas a maratona é mesmo assim. São coisas que acontecem. O treino foi perfeito, estava tudo a correr bem para que conseguisse, mas a maratona não é fácil, estava a correr com o vento contra e não consegui, mas fui a melhor portuguesa e fico contente com isso”, disse.

Para além da maratona, correu-se também a Meia Maratona de Lisboa, com os dois primeiros a terem de sprintar até à meta para conseguirem a vitória, que acabou por cair para o queniano Charles Langat, com a marca de 1h00m44s. A luta foi intensa com Dinkalen Adane (1h00m44s), que teve de se contentar com o segundo lugar, enquanto Isaac Kibet, do Uganda, fechou o pódio.

Rui Pinto terminou o percurso de 21 quilómetros entre os dez primeiros com o tempo de 1h03m52s. Nas mulheres, a vitória foi para Emebet Mami (1h09m35s) que conseguiu ser mais rápida do que as quenianas Ludwina Chepngetich (1h10m31s) e Faith Jeptoo (1h10m54s). Carla Salomé Rocha foi a mais rápida entre as atletas portuguesas.

O evento contou ainda com a presença do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas que participou na Mini-Maratona (8km).

Sugerir correcção
Comentar