A greve de sexo de O Negócio e a mentira do vinho
Imagino como seria recebida pelos produtores de vinhos em Portugal uma série como O Negócio. O sector está tão habituado à bajulação, à idolatria e à troca de favores que não consegue, sequer, lidar com a crítica mais básica e benigna. É tudo demasiado promíscuo e conservador.
Um homem de meia idade, de cabelos brancos, bem apessoado e com uma venda a tapar-lhe os olhos, leva o copo ao nariz e atira: “Chateau Musar. Deixa ver o ano…97?”. “Errado. 99”, corrige uma jovem bonita e sensual. Outro cliente, também charmoso e igualmente de olhos vendados, prova o seu copo e vai dizendo: “Café torrado, mirtilo, cassis…La Mondotte… 96”. As meninas, surpreendidas, aplaudem o acerto.
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