Chile quer criar parque nacional no Atacama para proteger “deserto florido”

Presidente do Chile quer criar um parque nacional no Atacama para proteger o “deserto florido”, fenómeno que ocorre apenas em anos de muita chuva com o surgimento de “mais de 200 espécies de flores” no solo árido.

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Governo quer criar Parque Nacional Deserto Florido DR/CONAF
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Governo quer criar Parque Nacional Deserto Florido DR/Chile Travel
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Governo quer criar Parque Nacional Deserto Florido DR/Chile Travel

As chuvas de Inverno nas planícies áridas do Norte do Chile indicavam que o deserto do Atacama poderia ficar em breve coberto por um tapete de flores e as expectativas não saíram goradas. Conhecido como “deserto florido”, o fenómeno voltou a pincelar de pétalas coloridas o solo árido, estando este ano no “seu máximo esplendor” entre as zonas de Llanos e de Chañarcillo, aponta a agência EFE.

Agora, o governo chileno quer proteger este fenómeno “único no mundo”, dependente da ocorrência de chuvas fortes de Inverno no hemisfério Sul, o que acontece habitualmente a cada três ou cinco anos e permite que as sementes e bolbos, escondidas do Sol abrasador no subsolo do deserto mais árido do mundo, obtenham humidade suficiente para germinar e florescer.

“Temos uma dívida com a protecção do ‘deserto florido’, mas, em particular, com a protecção do Atacama”, defendeu o presidente do país, Gabriel Boric, durante uma visita ao local no domingo passado. “Comprometemo-nos, como governo, a dar início ao processo de criação do Parque Nacional Deserto Florido”, anunciou.

O perímetro do novo parque nacional, categoria com o padrão de protecção ambiental mais elevado, frisou o governante, ainda não foi definido, mas deverá ficar localizado na zona do sul do deserto do Atacama, entre o Sul da cidade de Copiapó e o Norte de Vallenar.

“Para nós, criar o Parque Nacional Deserto Florido é uma forma de avançar nesse caminho da sustentabilidade”, acrescentou Boric durante a conferência de imprensa, lembrando ainda o “enorme potencial turístico” da região do Atacama.

“Neste local florescem a cada três, cinco ou dez anos, dependendo das condições climáticas, mais de 200 espécies de plantas que, por sua vez, permitem a chegada de insectos e fauna em busca de alimentos”, sublinhou Javiera Toro, ministra chilena dos Bens Nacionais, citada pela AFP. “É imperativo proteger este local.”

Segundo a EFE, o decreto deverá estar pronto no início de 2023. Se for aprovado, este será o 44.º parque nacional do país.

O fenómeno de floração do deserto do Atacama atrai muitos turistas locais e estrangeiros e, por ser um ecossistema frágil, existem várias recomendações a quem visita a região, incluindo a obrigatoriedade de transitar nas estradas e caminhos demarcados, não pisar nem colher flores, sementes ou bolbos, não levar animais de estimação, não alimentar animais selvagens ou fazer barulho excessivo, entre outras.

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