STE alerta para perda de poder de compra da função pública

Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) pede aumentos acima de 7% e diz que proposta do Governo é insuficiente para responder à inflação.

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Helena Rodrigues, presidente do STE, reuniu-se com o Governo para discutir os aumentos salariais em 2023 Mario Lopes Pereira

A presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), Helena Rodrigues, considerou nesta segunda-feira que a proposta do Governo para aumentar a função pública é insuficiente para responder à inflação e levará a uma perda de poder de compra.

A dirigente sindical falava à saída de uma reunião com a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, e com a secretária de Estado da Administração Pública, Inês Ramires, em Lisboa, onde as governantes apresentaram uma proposta de aumento salarial mínima mensal de 52 euros por trabalhador em 2023, que será repetida todos os anos até final da legislatura (2026).

Apesar da garantia de um aumento mínimo de 52 euros, os acréscimos serão diferenciados, variando entre 8% para a remuneração mais baixa e 2% para salários a partir de 2570,82 euros.

“Vamos diminuir as remunerações de uns, vamos fazer perder poder de compra de uns trabalhadores para dar aos outros”, criticou Helena Rodrigues.

“Nós pensávamos que o Governo conseguiria fazer melhor e, neste momento, tem recursos e possibilidades de o fazer”, defendeu a presidente do STE.

O STE apresentou hoje ao Governo a sua proposta de uma actualização superior a 7%.

“O que o Governo nos apresenta não é de 8% para todos, portanto fica abaixo”, acrescentou Helena Rodrigues, indicando que apenas as carreiras de assistente operacional e de assistente técnico garantem subidas superiores à da inflação estimada pelo Governo para este ano, de 7,4%.

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