Ed Sheeran vai mesmo a julgamento por alegado plágio de Let’s get it on

O processo foi iniciado pelos representantes de Ed Townsend, co-compositor do clássico de 1973 de Marvin Gaye, e pende sobre Thinking out loud, canção editada em 2014 pelo cantor inglês.

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Esta não é a primeira vez que Ed Sheeran é acusado de plágio Henry Nicholls

Ed Sheeran irá mesmo a tribunal, nos Estados Unidos, para ver julgada por um júri a acusação que pende sob Thinking out loud, canção que editou em 2014 e que os representantes de Ed Townsend, co-compositor de Let’s get it on, alegam ser um plágio do clássico de 1973 de Marvin Gaye.

Os advogados de Sheeran tentaram evitar a ida a julgamento do cantor, que fora determinada em 2019, alegando que os elementos comuns às duas canções não são singulares o suficiente para protecção por copyright, argumento recusado pelo juiz distrital americano Louis Stanton.

Considerando não existirem regras inequívocas para a decisão em casos como este, o juiz determinou pelo julgamento, que terá lugar em Manhattan, ainda não sendo conhecida a data para o seu início, noticia o Guardian.

O processo foi interposto em 2018 pela Structures Asset Sales (SAS), empresa detentora dos direitos autorais de Ed Townsend, o músico que compôs e co-produziu Let’s get it on com Marvin Gaye. Acusando Sheeran de ter “copiado e rentabilizado” a canção, “sem autorização ou creditação”, a empresa reclama uma indemnização de 100 milhões de dólares (cerca de 102,5 milhões de euros). Dois anos antes, num processo que aguarda ainda julgamento, a família de Ed Townsend iniciou um processo com a mesma acusação.

Esta não será a primeira vez que Ed Sheeran é julgado por plágio. Um ano antes de a SAS iniciar o seu processo, Sami Chokri, de nome artístico Sami Switch, e o seu parceiro de composição Ross O’Donoghue, acusaram Sheeran de plagiar a sua canção Oh why, editada em 2015, em Shape of you, um dos maiores êxitos do cantor inglês. Em Abril deste ano, a justiça decidiu em favor de Sheeran, atribuindo-lhe cerca de um milhão de dólares (aproximadamente o mesmo valor em euros) para cobrir as suas despesas legais.

Em 2016, por sua vez, os compositores Thomas Leonard e Martin Harrington deram início a um processo judicial alegando que Photograph, single editado por Sheeran em 2014, plagiava Amazing, composição da dupla gravada em 2012 pelo inglês Matt Cardle, um dos vencedores do programa televisivo X Factor. Em 2017, as partes resolveram o caso, pelo qual Leonard e Harrington pediam uma compensação de vinte milhões de dólares (cerca de 20,5 milhões de euros), com um acordo extra judicial (os valores envolvidos não foram revelados).

Em Abril, depois de ilibado no caso de plágio de Shape of you, Sheeran lamentou que “processos como este sejam agora demasiado habituais”, atacando aquilo que considera uma “cultura” de acusações de plágio, “em que os processos são feitos na convicção de que um acordo será menos dispendioso [para os acusados] do que atravessar um julgamento”.

Sheeran defende-se invocando o número reduzido de notas e acordes utilizados na música pop. “É certo que haverá coincidências tendo em conta que 60 mil canções são editadas por dia no Spotify”.

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