Memórias Improváveis e Estações do Confinamento

Cunha Rodrigues desempenhou um papel crucial na história da Justiça, em democracia, no nosso país. Teve, é certo, um mandato longo demais mas o seu trabalho foi inequivocamente meritório.

“Atrevo-me a pensar que o ónus do deficiente funcionamento da administração da Justiça recaiu, em excessiva medida, sobre o procurador-geral da República. A morosidade, o modo de resolução dos litígios, as disfuncionalidades do dia-a-dia precisavam de uma ‘cara’. (...) O protagonismo do procurador-geral da República não era, no entanto, uma característica de personalidade nem um estilo pessoal. Pretendeu ser um instrumento de visibilidade de uma magistratura que não tinha ainda história. Foi igualmente um modo de realização do programa da Constituição e das leis, quanto à autonomia do Ministério Público e à dependência funcional das polícias de investigação criminal”.

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