Fernando Santos alerta para o perigo checo e esclarece casos Rafa e Pepe

Seleccionador nacional preparado para defrontar um adversário que bateu a Suíça e levou a Espanha ao limite para evitar o pior em Praga.

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Fernando Santos, seleccionador nacional, fez a antevisão do jogo com a República Checa LUSA/RODRIGO ANTUNES

O seleccionador nacional Fernando Santos abordou, esta sexta-feira, em Praga, antes do último treino de preparação do confronto com a República Checa (sábado, 19h45, RTP1), o embate da quinta jornada do Grupo A2 da Liga das Nações, crucial para a definição de um dos quatro finalistas da competição conquistada por Portugal em 2018/19.

Apoiando-se um pouco no triunfo sobre os checos, por 2-0, na terceira jornada, em Alvalade, o treinador português surge empenhado em rectificar a derrota (1-0) com a Suíça, na ronda anterior, antes das “férias”.

Porém, Fernando Santos abordou primeiro o caso Rafa, abrindo uma excepção neste capítulo, explicando ainda a chamada de Gonçalo Ramos, sem deixar de comentar a posição assumida por Cristiano Ronaldo, que espera estar no próximo Europeu.

“Vou abrir excepção e vou responder para dizer que recebi comunicação do Rafa, dizendo que não estava disponível para integrar o estágio por razões pessoais. Como tal, a mim compete-me respeitar. O Rafa comunicou ainda a situação ao presidente da federação. A mim, pediu-me dispensa do estágio. À federação comunicou a indisponibilidade para a selecção. O mais importante é respeitar a decisão do jogador”, concluiu, justificando que sempre teve uma “boa relação com o Rafa”, que não foi directamente substituído.

“Não substituí o Rafa pelo Gonçalo Ramos ou teria escolhido alguém com as mesmas características. Aliás, tinha alternativas mais do que suficientes. A vinda do Gonçalo Ramos está relacionada com a situação do João Félix, que dificilmente poderia estar neste jogo. Como tal, achei importante colmatar essa baixa e esperar para ver o que acontece com a Espanha”, esclareceu.

Sobre Cristiano Ronaldo - esta sexta-feira acusado de conduta imprópria e / ou violenta pela federação inglesa - o seleccionador passou a polémica e sublinhou não estranhar o anúncio do avançado na gala da FPF.

“Tem-no dito desde 2003 ou 2004. Se perguntarem ao Rúben se quer estar aqui nos próximos dez anos, ele responderá seguramente que sim... com orgulho”.

Depois de ter sido promovida à Liga A em 2020/21, a República Checa precisa de vencer Portugal e esperar que a Espanha (que em Junho evitou um desastre neste mesmo Eden Arena) seja derrotada pela Suíça, em Saragoça, para, na última jornada, ainda poder aspirar a uma vaga nas meias-finais.

Não sendo um cenário totalmente impossível, as probabilidades de o actual terceiro classificado do grupo, com menos três pontos que a selecção lusa e quatro que a líder Espanha, superar todos os obstáculos são inversamente proporcionais à ambição de Portugal chegar ao duelo com Espanha, na próxima terça-feira, em Braga, em posição privilegiada para decidir a vitória no grupo.

“Esta equipa da República Checa fez um torneio muito bom em 2021. Aqui, a Espanha empatou no último minuto. Esta selecção ganhou à Suíça e já demonstrou que tem qualidade e organização. É uma equipa que cria enormes problemas aos adversários, como aconteceu em Portugal. Conhecemos este adversário, embora tenhamos que olhar para nós, respeitando sempre a República Checa. Mas, para ganhar temos que impor o nosso jogo e ser melhores”.

Com sete jogadores em risco de exclusão caso sejam admoestados neste jogo, Fernando Santos garante não escolher o onze em função de questões disciplinares.

“Não vou anunciar a equipa. Já disse que não joga o Félix. Mas não pode haver gestão de cartões. Vamos procurar colocar em campo a equipa e os jogadores que melhor servem o nosso padrão de jogo, que treinámos nestes dias”, especificou, terminando com o problema dos centrais.

“Tenho três centrais. Não fazia sentido convocar mais um para depois chegar aqui e sentar-se no banco”.

Com a baixa de Pepe e a opção de Fernando Santos não substituir o jogador do FC Porto, Rúben Dias deverá ter Danilo como companheiro no eixo da defesa, algo que o central do Manchester City vê como natural, mesmo não sendo o jogador do PSG um central de raiz.

“Equipa está bem, está pronta. O cenário ideal seria o de podermos contar com todos. Infelizmente o Pepe teve que sair. O Danilo está adaptado à posição. Estamos preparados”, sublinhou o defesa, passando ao lado da questão Rafa Silva.

“Sobre o Rafa não há muito a acrescentar. A decisão foi tomada pelo próprio e há que respeitar”, resumiu.

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