Quer adoptar um animal? Pense nisto antes de o fazer

Alegria e boa disposição é o que cães e gatos levam para qualquer casa quando são adoptados. Mas para que seja mesmo assim é importante que a decisão seja ponderada. Indicamos-lhe tudo o que deve ter em conta antes de decidir “aumentar a família”.

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Desfrutar da companhia de um cão ou gato é algo maravilhoso e que contribui para aumentar o bem-estar e até mesmo a saúde física e mental de quem decide fazê-lo (não faltam estudos científicos a comprová-lo). Mas se é verdade que estes amigos de quatro patas passam a estar lá em casa, à nossa espera, e se tornam fiéis companheiros de uma vida, também nós – quando os decidimos adoptar – assumimos um sério compromisso a que não podemos virar costas ao mínimo sinal de problema.

Isto é sobretudo importante se tivermos em conta que, segundo dados do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, só em 2021 foram recolhidos 43.603 animais de companhia no nosso país (mais 38,6% que em 2020), o que significa que os mesmos andavam à solta, perdidos, provavelmente como resultado de um abandono. É, pois, para evitar situações destas que a decisão de adoptar um animal de estimação deve ser antecedida de muita reflexão, nomeadamente, sobre todas as áreas que irão sofrer alterações com a chegada de um novo elemento à família. Para o ajudar nessa tarefa, elaborámos uma lista com as oito dimensões a que deve prestar atenção.

1 – Tempo: se não o tiver como vai cuidar do animal?

Ter um animal de companhia pressupõe o estabelecimento de uma relação. Desta forma, eles dão-nos carinho e afecto, sim, mas nós também temos de lhes dar o mesmo em troca e ainda disponibilizar todos os cuidados indispensáveis à sua sobrevivência, o que implica tempo. Sabe-se que os gatos são mais autónomos, ainda assim, também precisam de receber atenção e mimo. Por seu turno, optar por um cão como animal de companhia implica que o levemos à rua várias vezes por dia, nomeadamente, a locais ao ar livre onde possa correr à vontade e brincar. De salientar que, quando adoecem, todos os animais precisam que lhes dispensemos tempo e cuidados.

2 – Dinheiro (sim, é preciso contar com isto)

Um dos motivos por que as adopções por impulso, por vezes, não funcionam é porque esta dimensão é frequentemente ignorada. Assim, antes de acolher um cão ou gato é preciso que se tenha em conta os gastos implícitos nesse acto e que se manterão enquanto o animal for vivo (muitos anos, espera-se). Logo no início, há despesas inevitáveis, nomeadamente, no registo, licenciamento, vacinação, desparasitação, alguns acessórios (cama, bebedouro e comedouro, por exemplo) e alimentação. Ao longo do tempo, os gastos com a alimentação mantêm-se, assim como com os produtos de higiene, as vacinas e as consultas veterinárias, bem como os medicamentos e tratamentos que possam ser necessários, incluindo cirurgias. Para fazer face a tudo isto, é aconselhável optar por um seguro para animais de companhia, como o Seguro Cães e Gatos da Tranquilidade, sobre o qual falamos mais à frente.

3 – Todos querem (mesmo) o animal?

Para se acolher um animal doméstico é preciso também averiguar se há disponibilidade emocional e vontade por parte de todas as pessoas que vivem na mesma casa. Ter um cão ou gato implica que a habitação possa apresentar sinais da sua presença (como móveis roídos ou sofás arranhados), sendo que isso faz parte e é normal, mas nem toda a gente lida da mesma maneira com o assunto. Este é também um tópico a considerar se se tratar de uma casa arrendada, já que muitos senhorios não permitem a presença de animais (há que obter esta informação antes da adopção). Além disso, há também que averiguar se há alergias conhecidas (por exemplo, aos pelos), o que pode inviabilizar a convivência diária com um animal.

4 – Estilo de vida compatível

Quem tem um estilo de vida que implica ficar fora de casa até tarde, muitas saídas, viagens e ausências prolongadas deverá pensar seriamente antes de decidir ter um amigo de quatro patas. Há ainda que pensar o que fazer durante as férias ou fins-de-semana que se passe fora, sendo que nem todos os locais aceitam animais.

5 – Será que ele cabe?

Antes de escolher o animal a adoptar é preciso avaliar o espaço disponível: se se vive numa casa pequena e sem quintal, por exemplo, é melhor optar por um gato ou cão de raça pequena. Por mais que se goste de cães de grande porte, não é aconselhável escolher um animal deste tipo se não houver as condições adequadas para o acolher, caso contrário, o desfecho poderá ser mau para todos.

6 – Informe-se o mais possível antes de decidir

No seguimento do ponto anterior, é importante obter o máximo de informação possível sobre as espécies, raças e até sobre os hábitos específicos de cada animal. Por exemplo, os animais mais novos tendem a ser mais enérgicos, logo, este é um factor a ter em conta quando uma pessoa idosa decide ter um cão, já que dificilmente conseguirá acompanhar o seu ritmo nos passeios diários. Algumas raças também são mais exigentes que outras a esse nível, ou mais propensas a problemas de saúde, e outras não são compatíveis com ficar muito tempo fechadas num apartamento. Há ainda que ter em conta a personalidade específica do animal e a sua história, pois alguns são particularmente ansiosos devido a episódios traumáticos que viveram, logo, lidam pior com o facto de não terem companhia humana ao longo do dia.

7 – Sabe o que diz a lei?

Há várias questões legais específicas a cumprir para poder ter um animal de estimação, não só no que diz respeito à prestação dos cuidados básicos e de saúde, mas também relacionadas com a sua vacinação, identificação e regras para circulação na via pública. Por exemplo, é obrigatório o uso de coleira ou peitoral com indicação do nome e morada ou telefone do detentor por todos os cães e gatos que circulem na rua. Por outro lado, se não forem conduzidos por trela, os cães são obrigados a trazer açaime e a estar acompanhados pelo dono. Há ainda legislação especial que deve ser tida em conta no caso de se tratar de cães de raças potencialmente perigosas.

8 – Um “sim” de longo prazo

Decidir acolher um animal é um compromisso que se assume – idealmente – por muitos anos, o que reforça a necessidade de ponderar bem todos os aspectos referidos anteriormente, tendo em mente que, em princípio, a relação durará cerca de 15 a 20 anos (dependendo da idade do animal aquando da adopção). O que significa que esta deverá ser uma decisão à prova de todas as mudanças normais na vida da maior parte das pessoas, como trocas de emprego, de casa ou de cidade, alteração do estado civil ou alargamento da família, por exemplo.

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A importância de ter um seguro

Tal como quando nasce um bebé é importante ter o apoio de alguém próximo, o mesmo acontece quando se decide acolher um animal de estimação. Além de familiares, vizinhos ou amigos – que podem ser úteis, por exemplo, para cuidar do animal nas férias ou quando este adoece – essa rede pode também surgir na forma de um seguro, que se revela essencial para quem assume o compromisso de cuidar integralmente do seu animal de estimação, sem correr quaisquer riscos.

O Seguro Cães e Gatos da Tranquilidade dá acesso a valores convencionados nos actos médicos veterinários, descontos na área de bem-estar animal, assistência ao domicílio, protecção jurídica e, por apenas mais um euro por mês, inclui a cobertura de Responsabilidade Civil, que garante o pagamento de uma indemnização por danos causados a terceiros pelo animal. Além disso, consoante o nível de protecção escolhido (Base, Mais ou Top), pode ainda garantir o reembolso de despesas médicas e de medicamentos em caso de acidente e/ou de cirurgia, bem como as despesas de internamento. Pode incluir também um plano de vacinação gratuito nas opções Mais e Top ou a administração de qualquer outra vacina (mesmo a da Leishmaniose), a valores convencionados.

Tendo em conta que, em Portugal, não existe um serviço nacional de saúde animal, a opção por um seguro de saúde é a forma mais eficaz e racional de garantir cuidados de saúde e de bem-estar aos fiéis amigos de quatro patas. E porque este seguro ajuda mesmo em todas as circunstâncias, saliente-se que inclui também o serviço de guarda ou estadia do animal em caso de internamento do seu cuidador (tomador do seguro), ideal para quem vive sozinho.

Resta apenas cuidar o melhor possível deste ser de quatro patas que lhe dará muito amor e carinho, exigindo muito pouco em troca. Ter um animal de estimação, quando as condições estão reunidas, é mesmo das melhores coisas do mundo. Confirme por si!

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