Portugal é campeão da primeira Finalíssima de futsal

A selecção nacional conquistou a primeira edição da prova que opõe as melhores equipas da Europa e da América do Sul.

Portugal e Espanha em duelo
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Portugal e Espanha em duelo UEFA
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Portugal e Espanha em duelo UEFA

Vem para Portugal o troféu da primeira edição da Finalíssima de futsal. A selecção nacional venceu neste domingo a final da competição, com um triunfo frente à Espanha, na final em Buenos Aires, na Argentina, no desempate por penáltis (1-1 até ao prolongamento).

Qual a importância desta conquista? Trata-se da primeira edição da nova prova organizada entre a UEFA e a CONMEBOL, que colocou em duelo as duas melhores equipas europeias frente às duas melhores da América do Sul.

Em rigor, a Espanha até nem foi a vice-campeã da Europa na prova ganha por Portugal, mas a suspensão à selecção da Rússia permitiu aos espanhóis serem chamados à Finalíssima – o que, no prisma simbólico de relação entre Espanha, Portugal, Paraguai e Argentina, até deu em tese mais cor à prova do que a eventual presença russa.

Na antevisão da partida, Jorge Braz, seleccionador de Portugal, previu que seria “uma final muito equilibrada e extremamente competitiva”. E acrescentou sobre os recentes triunfos frente à Espanha: “Já nos conhecemos muito bem. A Espanha vai querer reverter o que aconteceu nos últimos tempos. Queremos manter todas as coisas boas que temos e adicionar ainda mais”. Na quadra, os desejos de Braz foram realizados. Portugal conseguiu manter as coisas boas e levar a primeira edição desta prova.

Jogo dividido

Nesta final, Portugal e Espanha começaram por oferecer um jogo globalmente equilibrado. Houve oportunidades de golo de ambos os lados na primeira parte e um jogo disputado quase sempre longe das balizas – embora no futsal esse seja um conceito relativo.

Nenhuma das equipas conseguiu activar os pivots com frequência e os lances de perigo – e houve de ambos os lados – surgiram quase sempre de erros defensivos ou bolas paradas. Assim como o único golo da primeira parte.

Já a poucos segundos do intervalo, o seleccionador espanhol pediu uma pausa técnica antes de um canto e desenhou um plano que pôde ser ouvido na transmissão televisiva. Quando foi colocado em prática… saiu na perfeição.

O jogador mais perto do batedor do canto, Miguel Mellado, apareceu na zona central da área, depois de João Matos ser arrastado para fora dessa zona, e finalizou sem dificuldade.

Na segunda parte, o jogo não mudou muito no perfil. Manteve-se bastante fechado e pouco jogado junto das balizas e foi num erro individual que o empate surgiu. Pol Pacheco entregou a bola a Afonso, que “picou” sobre o guarda-redes. Logo a seguir houve uma oportunidade flagrante desperdiçada por Neves e Portugal perdeu, nesse momento, o melhor lance que teve para se adiantar. Até porque o passar dos minutos tornou as equipas cada vez menos audazes, com mais medo de perder do que vontade de ganhar.

Como se resolveu o problema? Com mais futsal. O prolongamento continuou a ser de futsal de luta e cuidados defensivos, sobretudo do lado espanhol. Portugal esteve longos períodos a jogar no meio-campo de Espanha, sempre à procura de activar o pivot Zicky – quase sempre sem sucesso.

Como se resolveu o problema? Novamente com mais futsal. Houve desempate por penáltis e Jorge Braz colocou Edu na baliza – o guardião ainda não tinha jogado. O guarda-redes defendeu dois pontapés e entregou o título a Portugal, que não falhou nenhum penálti.

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