Corrida “morna” de Oliveira no “assalto” de Bagnaia à liderança

Numa corrida globalmente aborrecida, com parcos momentos de ultrapassagem e poucas lutas no meio do pelotão, o português Miguel Oliveira voltou a fazer uma prova “morna” – longe de impressionar e a ficar-se pelo 11.º lugar.

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Miguel Oliveira em acção pela KTM Reuters/LEONHARD FOEGER

Eram 30 pontos, passaram a ser dez. É assim que está a diferença pontual entre o líder do Mundial de MotoGP e o segundo classificado, com o segundo lugar de Pecco Bagnaia no GP de Aragão a permitir ao italiano capitalizar o abandono de Fabio Quartararo ainda na primeira volta da corrida.

Numa corrida globalmente aborrecida, com poucos momentos de ultrapassagem e poucas lutas no meio do pelotão, a vitória sorriu a Enea Bastianini, com uma ultrapassagem a Bagnaia na última volta, enquanto o português Miguel Oliveira voltou a fazer uma prova “morna” – longe de impressionar e a ficar-se pelo 11.º lugar.

A corrida começou recheada de incidentes, com duas quedas na primeira volta. Logo na curva 2, Quartararo atingiu a roda traseira de Marc Márquez e foi “cuspido” da sua moto – acabou ali a corrida do francês.

O espanhol, seguiu caminho, mas logo a seguir voltou a ser tocado, desta vez por Takaaki Nakagami, que também foi ao chão no meio da pista e se salvou por pouco de ser atropelado pelas motos dos adversários. Com componentes partidos na moto, Márquez também abandonou, naquele que foi um regresso azarado à competição após lesão.

Estabilizadas as posições, Miguel Oliveira aproveitou os incidentes para subir do 11.º para o oitavo lugar e, na frente, Bagnaia seguia em primeiro, com Jack Miller logo a seguir. E Miller era o melhor segundo classificado possível para o italiano, já que dificilmente iria atacar o seu colega, em plena luta pelo título, além de ainda poder servir de “tampão” a Enea Bastianini.

A posição de Miller não durou muito e Bagania e Bastianini rolaram juntos até às voltas finais, com a luta a sorrir a Bastianini, que ultrapassou o compatriota na última volta.

Oliveira, sem um ritmo especialmente forte, ainda caiu de oitavo para nono, numa primeira fase, e de nono para 11.º, já a quatro voltas do final. Nota ainda para a grande corrida de Brad Binder, que arrancou na décima posição, chegou a rodar em segundo lugar e terminou a prova no quarto lugar – algo que não abona a favor de Oliveira, já que Binder está a conseguir tirar da KTM um ritmo que o português continua a não tirar.

O MotoGP volta já no próximo fim-de-semana, com a corrida de Motegi, no Japão.

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