PJ alerta para convocatória falsa com nome do director nacional que circula na Net

Trata-se de uma campanha de phishing, uma técnica de crime cibernético que usa fraude, truque ou engano para manipular as pessoas e obter informações confidenciais.

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Esta é a convocatória fraudulenta que circula na Internet em nome da PJ e da Interpol Polícia Judiciária

Se recebeu uma convocatória em nome da Polícia Judiciária (PJ) e da Interpol, assinada pelo director nacional Luís Neves, a dizer que as autoridades estão empenhadas em tomar medidas contra si relativamente a “exposição indecente, pornografia infantil, expositionismo e ciber-pornografia” (sim, tem erros de português), e que deve responder por correio electrónico, não o faça.

É uma convocatória falsa, segundo a PJ que, através da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T), lançou esta quinta-feira um alerta.

Trata-se de uma campanha de phishing, uma técnica de crime cibernético que usa fraude, truque ou engano para manipular as pessoas e obter informações confidenciais, como senhas de acesso e números de cartões de crédito.

De acordo com a PJ, circula na Internet e em várias plataformas de correio electrónico uma mensagem que, usando abusivamente os logótipos da Polícia Judiciária e da Interpol, bem como o nome do director nacional da PJ e outras entidades ligadas à justiça, simula uma convocação.

“A mensagem tem como único propósito a prática de crime de acesso ilegítimo e a captura de dados pessoais das vítimas”, alerta a PJ em comunicado, sublinhando que, “a intrusão passa pela infecção com vírus ou software malicioso (malware) e pode ocorrer em qualquer sistema informático (PC, tablet ou telemóvel)”.

A PJ aconselha os destinatários desta mensagem de correio electrónica fraudulenta a “não executar os comandos que a mensagem propõe, a bloquear imediatamente o remetente, a reportar o spam e a apagar a mensagem”.

“Não devem clicar em links dela constantes ou abrir qualquer anexo remetido com este tipo de emails”, refere a PJ, que está a desenvolver diligências para identificar a origem e autoria deste tipo de mensagens.

Além disso, a PJ deixa algumas recomendações úteis para evitar que se torne numa vítima de “phishing”:

  • nunca aceda a links ou anexos de mails estranhos;
  • observe as características da mensagem (aspecto, eventuais erros ortográficos, argumentos persuasivos, que contenham ofertas generosas e despropositadas, ajudá-lo-ão a reconhecer a falsidade da mensagem);
  • tenha cuidado com a curiosidade e desconfie de notícias e ofertas sensacionalistas.

A polícia sublinha ainda que não se deve deixar guiar pelo tom ameaçador ou alarmista da mensagem e ter também a noção que ninguém dá prémios ou oferece um produto, se não estiver a participar num concurso. Mais: ninguém oferece produtos abaixo do preço que é praticado pelo mercado e que as instituições credíveis e sérias não utilizam estes meios para comunicar com os seus clientes.

“Em caso de dúvida contacte previamente, por telefone, a empresa ou instituição cujo nome está a ser utilizado, não responda a este tipo de mensagens e apague-as imediatamente”, refere o alerta da PJ.

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