Um amador nacional sobe alto no arranque do 60.º Open de Portugal

Hugo Ferreira, de 19 anos, entre os quartos classificados no campo do Royal Óbidos Spa & Golf Resort

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Hugo Ferreira brilhou na sua primeira volta de sempre no Challenge Tour © Filipe Guerra

Não só entre o contingente de nove portugueses presentes, mas mesmo em termos gerais, Hugo Ferreira foi a grande sensação no arranque do 60.º Open de Portugal, prova do Challenge Tour dotada com €250.000 de prize-money que decorre entre esta quinta-feira e domingo no Royal Óbidos Spa & Golf Resort, no Oeste. 

No campo de Par 72 de Royal Óbidos, o amador do Club de Golf de Miramar (em Vila Nova de Gaia), de 19 anos, aqui em representação da selecção nacional amadora por convocatória da Federação, fez um primeiro resultado de 69 (-3) para integrar o grupo de 12 jogadores que partilha o quarto lugar, entre 144 participantes. 

Estes estão a somente duas pancadas do líder, o inglês Todd Clements, que marcou 67 (-5) para comandar com a vantagem mínima sobre o belga Cristopher Mivis e o sueco Anton Karlsson, ambos com 68 (-4). 

O também português mas profissional Pedro Figueiredo está um degrau abaixo com 70 (-2), no também largo lote de jogadores que repartem a 16.ª posição. 

Tomás Bessa e Stephen Ferreira, com 71 (-1), completam o lote de jogadores da “casa” que bateram o Par do campo no primeiro dia. Estão entre os 40.ºs.  

A exibição de Hugo Ferreira é tanto mais notável quanto esta é a sua estreia no Challenge Tour, a segunda divisão do golfe profissional europeu, satélite do primo-divisionário DP World Tour. 

“Sem dúvida que foi uma grande volta”, disse. “Não fazia a mínima ideia de que tinha sido o melhor português hoje. Senti-me um bocado ansioso no início da volta, mas foi uma boa ansiedade porque sabia que ia desfrutar desta oportunidade que é jogar no Challenge Tour.” 

Iniciando a sua volta às 12h56 a partir do buraco 1, Ferreira começou muito regular, com quatro pares consecutivos, e foi só quando falhou o seu primeiro fairway e o seu primeiro green (o único que falhou em toda a volta), que perdeu a primeira pancada para o Par, marcando bogey 6 no Par 5 do buraco 5. ;Mas reagiu imediatamente com birdie no 6.

Daí até ao fim, no entanto, fez -3, com quatro birdies (nos 11, 13 16 e 18) e um bogey (14). 

Hugo Ferreira fez parte do trio da selecção nacional no Campeonato do Mundo Amador por Equipas (Troféu Eisenhower) que decorreu no início do mês em Paris. Portugal, que contava ainda com Daniel Rodrigues e Pedro Silva, também do CG Miramar, sob a orientação do seleccionador nacional Nelson Ribeiro, terminou em 37.º entre as 71 nações presentes. A Itália foi campeão mundial pela primeira vez.

“O Campeonato do Mundo deu-me sem dúvida um bocado de experiência, é o melhor torneio do mundo de amadores, de grande nível, ainda melhor do que eram as minhas melhores expectativas – e ajudou-me bastante a fazer hoje uma boa volta.” 

No final da segunda volta, sexta-feira, só os 65 primeiros e empatados seguem em frente para a fase final do fim-de-semana. O cut provisório fixa-se nesta altura em 72 (Par) e dentro dele, no limite, está mais um português: Vasco Alves, o segundo elemento da selecção nacional entre os convocados pela Federação Portuguesa de Golfe, entidade organizadora, promotora e proprietária do evento. 

Entre os restantes portugueses, Pedro Lencart fez 73 (+1), Tomás Melo Gouveia 75 (+3), Vítor Lopes 78 (+6) e João Girão 81 (+9). 

Nesta primeira volta o sul-africano Deon Germishuys fez um hole-in-one no no buraco 13, um Par 3, de 131 metros, com um ferro 8. Viria a terminar volta com 71 (-1).

 

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