Verstappen soma 11.ª vitória e pode resolver o Mundial em Singapura

Corrida terminou atrás de safety car provocado por Daniel Ricciardo, vencedor em 2021, elevando os números do líder do Mundial, que chega aos 31 triunfos na carreira, a par de Nigel Mansell.

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Max Verstappen somou 11.ª vitória, a quinta consecutiva e pode garantir o Mundial em Singapura EPA/MATTEO BAZZI

Max Verstappen (Red Bull) garantiu, este domingo, a 11.ª vitória da temporada (quinta consecutiva), recebendo a bandeira de xadrez atrás do safety car e à frente de Charles Leclerc (Ferrari), num anticlímax que mergulhou as bancadas de Monza numa profunda depressão quando todos esperavam um final electrizante do GP de Itália, com o monegasco da casa a afiar as garras para atacar o primeiro lugar de um pódio fechado por George Russell (Mercedes).

Verstappen alcança, assim, Nigel Mansell com 31 vitórias na carreira, ficando a uma de Fernando Alonso, que não terminou a corrida. Com seis Grandes Prémios para o final da temporada e 116 pontos de vantagem sobre Leclerc, Verstappen poderá selar a vitória no Mundial no próximo GP de Singapura, dia 2 de Outubro. Matematicamente, Hamilton ficou, este domingo, definitivamente afastado de uma luta que na prática nunca existiu em 2022.

Apesar da discussão em torno da penalização de cinco lugares e da expectativa criada com a quarta posição anunciada na grelha provisória, Max Verstappen teve mesmo de sair do sétimo lugar, o que acabou por não ser problemático para o neerlandês. A péssima partida de Lando Norris alterou a dinâmica no arranque dos primeiros, com Verstappen a ganhar imediatamente duas posições, chegando sem problemas ao segundo lugar logo no início da corrida.

Com nove pilotos a penalizarem em Monza, as atenções viravam-se para a segunda metade da grelha, onde Carlos Sainz (Ferrari), Sergio Pérez (Red Bull) e Lewis Hamilton (Mercedes) precisavam de galgar posições. Enquanto Sainz iniciava uma recuperação brilhante até ao quarto lugar, o rival mexicano da Red Bull, numa ida precoce às boxes, enfrentava problemas com os travões, regressando à pista sob a ameaça de ter que abandonar face ao sobreaquecimento dramático da roda direita dianteira.

Mas foi o abandono de Sebastian Vettel (Aston Martin) à 12.ª volta a alterar a ordem dos acontecimentos. Leclerc aproveitou o safety car virtual para trocar de macios para médios, cedendo a liderança a Verstappen, embora tenha regressado pouco atrás de George Russell (que ainda ameaçou uma ida às boxes), a tempo de evitar o comboio de DRS que se aproximava.

A meio da corrida já a ordem natural da prova estava praticamente reposta, com Hamilton a tentar a aproximação a Lando Norris para poder juntar-se a George Russell, com a Mercedes na expectativa de um azar dos Ferrari ou de Verstappen para reclamar novo pódio. Hamilton e Norris ainda tinham que ir às boxes, o que baralhou as contas. Uma má paragem do McLaren permitiu a passagem de Hamilton, que, de macios, voltava à carga, chegando rapidamente a sexto, com Sergio Pérez (de pneus duros) no horizonte. O mexicano também optou por duas paragens e acabou por ceder duas posições, para no final garantir o sexto posto.

Entretanto, Leclerc recuperara já a liderança, com quase dez segundos de vantagem sobre Verstappen (que ainda aguentou 25 voltas com os macios originais antes de optar pelos médios para tentar terminar o dia). Vantagem que o monegasco teve de abdicar com a aproximação súbita do Red Bull, parando de novo para terminar de macios e tentar levar o Ferrari à vitória.

Só que o abandono de Daniel Ricciardo (McLaren), vencedor em 2021, a seis voltas do fim arrasou com todas as estratégias. A entrada em cena do safety car levou a uma corrida desenfreada às boxes, capaz de esgotar o stock de macios. No final, restava a esperança de tudo poder resumir-se a uma volta para decidir o vencedor e até o pódio, que passava a ter vários candidatos. Mas Monza terminou mesmo numa parada em fila indiana atrás do safety car, para desespero e frustração de Leclerc.

Destaque para Nick de Vries, que rendeu Alex Albon na Williams, a terminar em nono, nos pontos, na estreia.

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