Taremi abre caminho a triunfo do FC Porto

Iraniano marcou aos três minutos e ainda acabou com as esperanças do Desp. Chaves ao inventar o golo que levou a equipa para um final irresistível.

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O FC Porto teve um início fulminante, colocando-se em vantagem aos três minutos LUSA/MANUEL FERNANDO ARAUJO

Mehdi Taremi foi a chave do triunfo, por 3-0, do FC Porto na recepção ao Desp. Chaves, em partida da 6.ª jornada da I Liga, disputada este sábado, que teve no iraniano a gazua indispensável para abrir (3') caminho a uma vitória consolidada nos 20 minutos finais.

O FC Porto teve um início fulminante, colocando-se em vantagem aos três minutos, após cruzamento do regressado João Mário, num lance que Taremi concluiu de cabeça.

A plateia ainda não tinha tido tempo para assimilar as alterações defensivas operadas por Sérgio Conceição: a apostar em Fábio Cardoso no lugar de Pepe, gerindo ainda a situação de Zaidu (rendido por Wendel) e a lançar Toni Martínez, em detrimento de Evanilson. Na ausência forçada de Otávio, o treinador libertou Pepê e recuperou o habitual lateral-direito, que desempenhou papel decisivo no golo.

Só com vitórias nas primeiras deslocações do campeonato, animado pelo triunfo em Alvalade, o Desp. Chaves tentava controlar os danos de uma entrada em falso, tentando não comprometer o rigor defensivo necessário para contrariar o claro ascendente portista.

Sem se expor em demasia, a equipa flaviense chegou por três vezes à área adversária, invariavelmente por Héctor Hernández, a procurar surpreender Diogo Costa, sem conseguir intimidar os “dragões”.

De resto, foi já no terceiro minuto de compensação da primeira parte que o FC Porto sentiu o primeiro verdadeiro arrepio, numa meia-distância de João Teixeira a rasar o poste. Antes, disso, o FC Porto revelou problemas de eficácia, com Galeno, Taremi e João Mário a perdoarem sucessivamente o segundo da noite aos transmontanos, encontrando um Paulo Vítor seguro.

O “ruído” provocado pela “fama” de Taremi aumentou exponencialmente depois da expulsão em Madrid, com o iraniano a ser ignorado pela arbitragem, com decisões que só serviram para enervar a equipa da casa, contribuindo para um espectáculo pouco ou nada interessante.

Aproveitava o Desp. Chaves para se manter em jogo depois de um arranque comprometedor, dispondo de 45 minutos para tentar surpreender. Sem alterações para o recomeço, o FC Porto parecia apostado numa postura de expectativa, avaliando as verdadeiras intenções dos flavienses, que mostraram capacidade suficiente para levar o jogo para o meio-campo portista, circulando a bola com critério, ainda que faltasse discernimento e calma para capitalizar essa maior posse de bola.

Ao FC Porto faltava instinto matador, algo que nem Toni Martínez nem Pepê revelaram em dois momentos que poderiam ter contribuído para o definitivo esfumar das hipóteses de o Desp. Chaves reclamar algo mais deste encontro.

Sérgio Conceição era compelido a agir, refrescando o ataque com Evanilson e protegendo as investidas de Juninho, ao substituir um ofensivo João Mário e recuar um Pepê pouco inspirado na frente, dotando ainda o meio campo com a entrada de André Franco.

O Desp. Chaves ficava cada vez mais distante da baliza de Diogo Costa, que intensificava as acções atacantes, fosse por Wendel ou por Taremi, que viu Nélson Monte negar-lhe o segundo. O iraniano teria, ainda assim, papel crucial no segundo golo dos “azuis e brancos”, sagaz a tirar proveito de um mau atraso de Luther Singh e de uma ainda mais comprometedora tentativa de alívio de Steven Vitória. Depois, foi só endossar a Evanilson, que se limitou a colocar a bola nas redes, resolvendo a questão sem problemas de maior.

Tempo ainda para o terceiro golo, de André Franco (82'), num lance de infelicidade da defesa flaviense.

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