O tempo profundo como mil noites de Pedro Neves Marques

Em Veneza, Vampires in Space é uma das melhores representações que Portugal alguma vez enviou.

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Nos três filmes perpassa um sentimento de melancolia e que talvez tenha sua origem naquilo que Nosferatu, o mais célebre dos vampiros, dizia no filme de Herzog pela boca de Klaus Kinski Andrea Avezzù/ Cortesia de La Biennale di Venezia

Como tantos outros palácios em Veneza, o Pallazzo Franchetti, onde está instalada a representação portuguesa à Bienal, é uma amálgama de estilos e tempos. Qualificam-no de gótico; o termo neogótico seria talvez mais adequado, já que sofreu obras profundas no século XIX que lhe alteraram a disposição interior do espaço. O que sobressai no conjunto, contudo, é uma enorme e imponente escadaria trabalhada, maneirista ou barroca, que vai revelando a quem a sobe uma decoração caracterizada pela abundância de curvas e contracurvas, e uma paleta de cores minerais que vão do branco ao antracite.

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