Artistas, unidos, jamais serão vencidos?

Tendo a concordar que os músicos que participam em eventos políticos em que se professem ideias intragáveis não se devem tornar os alvos das críticas políticas. Desde que, claro, não se associem a tais ideias.

Afinal, os artistas podem ou não associar-se a organizações em cujas ideias e práticas não se reconhecem? Ou que repugnam a grandes partes da população? Esta discussão andou por aí nos últimos dias, gerada pela participação de vários músicos nos concertos da Festa do Avante!. O jornal i fez uma capa polémica com vários deles enquadrados por sangue a escorrer. Antes disso já houvera apelos, por exemplo de José Milhazes, para boicotarem a Festa do Avante!. Os meios de comunicação entraram na discussão. E até músicos decididamente à esquerda como os Fado Bicha – que já animaram a campanha eleitoral do Livre – afirmaram que não participariam nunca no dito evento. Neste caso, sobretudo, pela falta de historial do PCP na defesa dos direitos LGBTI. (E, de facto, em 2015 houve queixas por parte de um gay de agressões pelos seguranças – voluntários do PCP – durante a Festa do Avante!.)

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