Um ano depois, pouco mudou para o FC Porto na Champions

A equipa portista estreia-se na Liga dos Campeões 2022/23 novamente frente ao Atlético de Madrid, uma equipa na qual nem os milhões em caixa fazem mudar os preceitos tradicionais na “Era Simeone”. Para o FC Porto, o plano é, em teoria, o mesmo do ano passado.

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Félix (que se mantém no Atlético) e Mbemba (que já saiu do FC Porto) em duelo em 2021 EPA/JuanJo Martin

De 15 de Setembro de 2021 para 7 de Setembro de 2022 vai pouco menos de um ano. Neste período, pouco mudou naquilo que se pede ao FC Porto no arranque da Liga dos Campeões.

Nesta quarta-feira (20h, TVI), tem mais um jogo fora de casa na jornada 1, mais uma viagem a Espanha, mais um duelo com uma equipa de Madrid e tudo isto é, novamente, frente ao Atlético.

Mas nem só de trivialidades se faz o mimetismo entre 2021 e 2022. De um ano para o outro, depois do 0-0 da temporada passada, pouco mudou naquilo que se pede ao FC Porto para derrubar o proprietário do Wanda Metropolitano.

A equipa mantém Diego Simeone ao “leme”, mantém os traços identitários das últimas temporadas e mantém, grosso modo, o plantel de 2021/22. É certo que Morata é um avançado diferente dos que por lá estavam – em alguns predicados, tem pontos que o fazem “casar” melhor com João Félix no ataque –, mas pouco mais mudou no que diz respeito ao modelo de jogo.

Apesar de haver, agora, uma aposta mais clara no 3x5x2 (algo que foi surgindo apenas a espaços na época passada), a ideia de defender de forma compacta e entregar a bola ao adversário continua a ser verdade nesta equipa.

Nos quatro jogos na Liga espanhola, só no primeiro, frente ao Getafe, teve mais posse de bola do que o adversário. Trata-se ainda da sexta equipa que menos tempo passa no terço adversário e a sexta que mais passa no seu próprio terço.

Em suma, o FC Porto terá, em tese, possibilidade de passar algum tempo junto da área do Atlético e até de ferir a preceito: o Atlético está a permitir bastantes remates aos adversários (13 por jogo) e está com uma percentagem de acerto no passe (82%) abaixo do que a qualidade técnica dos craques poderia permitir – e sabe-se como o FC Porto explora as recuperações no último terço.

Diego Simeone, treinador do Atlético, traçou aquilo em que a própria equipa tem crescido. “Estamos com uma intenção mais agressiva, com velocidade no jogo e com uma pressão mais dinâmica do que na temporada passada”, apontou, confirmando que os preceitos de jogo e o foco das melhorias são idênticos ao que sempre foram.

Já o treinador do FC Porto, Sérgio Conceição, apontou que é verdade que todos estes preceitos defensivos do Atlético se mantêm, mas que não fazem da equipa aborrecida. “É verdade que o Atlético não tem mudado muito. Mas não me aborreço nada a ver o Atlético. Aborreço-me mais a ver outras equipas que tentam elaborar muito e depois, mesmo em situações difíceis, não são capazes de mudar”, apontou, na conferência de imprensa de antevisão da partida.

E foi mais longe. “Temos de olhar para o futebol e ver o que é o espectáculo. Se queremos chegar à baliza com 50 passes ou com dois. Eu sou apologista que o importante é chegar lá. Depois a forma…”, concluiu.

Já Diego Simeone traçou aquilo em que a própria equipa tem crescido. “Estamos com uma intenção mais agressiva, com velocidade no jogo e com uma pressão mais dinâmica do que na temporada passada”.

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